DINOMAR MIRANDA DOS SANTOS
Verônica Sterman toma posse no STM e se torna a segunda mulher em 217 anos da Corte
O Superior Tribunal Militar (STM) realizou, nesta terça-feira (30), no plenário da Corte, a sessão solene de entrada em exercício da ministra Verônica Abdalla Sterman, empossada no último dia 15.
Ela se torna a segunda mulher, em 217 anos de história do Tribunal, a integrar a mais alta instância da Justiça Militar da União. A primeira foi a atual presidente da Corte, ministra Maria Elizabeth Rocha, empossada em 2007.
Em seu discurso, a ministra Verônica afirmou sentir-se movida por gratidão e compromisso. Expressou “profunda gratidão de ter sido indicada pelo presidente Lula justamente no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, em gesto que carrega simbolismo e responsabilidade. Revela a sabedoria e respeito do presidente a esta causa tão nobre e tão necessária”.
Ela destacou ainda o acolhimento recebido no Congresso Nacional. “No Senado tive um acolhimento caloroso e o apoio irrestrito da bancada feminina, e também de parlamentares das mais diversas correntes políticas, da esquerda, da direita e do centro. Esse gesto suprapartidário mostrou que esta cadeira não é apenas minha. Ela pertence a todos que lutam por um Judiciário mais plural”.
Disse que não vinha para substituir uma visão, mas para acrescentar outra, fruto de quem esteve do lado oposto do balcão, de quem acompanhou as dores reais das pessoas que buscam no Judiciário não apenas sentenças, mas esperança. Ela também cobrou mais espaço para as mulheres na magistratura e disse que sua posse é um "convite à reflexão para que este marco não seja apenas um símbolo isolado, mas um passo para que o nosso Judiciário, no futuro, não precise mais de datas ou estatísticas para lembrar que mulheres estão presentes".
A ministra também agradeceu à família, aos colegas de trajetória e aos ministros do STM pela recepção, reafirmando seu compromisso “com a defesa da legalidade e da Justiça”.
O ministro Artur Vidigal de Oliveira, em nome da Corte, deu as boas-vindas exaltando a relevância do momento. “Hoje é um dia de profunda significação para nosso sistema de Justiça e para a história desta Corte. É com o coração pleno de honra e alegria, e com a certeza de que a Justiça Militar se enriquece, que dou as mais calorosas boas-vindas à nossa mais nova integrante”.
Vidigal ressaltou a trajetória da ministra no direito penal, prêmios recebidos ao longo da carreira e sua sólida atuação na advocacia. Classificou-a como “jurista de alto calibre” e concluiu afirmando que “a Justiça não tem gênero”.
A presidente do STM, ministra Maria Elizabeth Rocha, também destacou o simbolismo da chegada de Verônica Sterman. “Quis o destino que fosse eu a empossá-la, ao lado do Presidente da República que nos nomeou, em um gesto que reafirmou o compromisso democrático de privilegiar vivências distintas em prol do processo civilizatório nacional”.
A solenidade reuniu autoridades dos Três Poderes, entre elas o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; o vice-presidente, Geraldo Alckmin; o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Alexandre de Moraes; o ministro do STF Cristiano Zanin; o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski; a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, todos os ministros do STM, além dos comandantes das três Forças Armadas.
Também estiveram presentes o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, parlamentares e representantes da sociedade civil, como a União das Mulheres Advogadas e a Coalizão Nacional de Mulheres, reforçando o caráter simbólico e plural do momento histórico para a Justiça Militar e para o país.


Posse da ministra Verônica Abdalla Sterman no STM ocorre amanhã (30)
O Superior Tribunal Militar (STM) vai realizar amanha (30), às 17h, a cerimônia de posse da ministra Verônica Abdalla Sterman, no plenário da Corte, em Brasília, com transmissão ao vivo pelo canal oficial do STM no YouTube.
A solenidade contará com a presença de autoridades dos Três Poderes da República, entre elas o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin; dos ministros do STF Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin; do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro; além do presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, parlamentares e representantes de entidades da sociedade civil, como a União das Mulheres Advogadas e da Coalizão Nacional de Mulheres.
A nova ministra ocupará a vaga destinada à advocacia, aberta com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, em abril deste ano. Sua indicação foi feita pelo presidente Lula em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, e aprovada pelo Senado Federal após sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e votação em Plenário, com 51 votos favoráveis e 16 contrários.
Com a posse, Verônica Sterman torna-se a segunda mulher na história de 217 anos do STM a integrar a Corte. A primeira foi a ministra Maria Elizabeth Rocha, empossada em 2007 e atual presidente do Tribunal, eleita em dezembro de 2024.
Perfil
Verônica Abdalla Sterman é formada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com especialização em Direito Penal Econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Possui também pós-graduação na mesma área pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), em parceria com a Universidade de Coimbra (Portugal). Sua trajetória é marcada pela atuação destacada na advocacia.
Credenciamento
Os jornalistas interessados em fazer a cobertura do evento devem fazer o credenciamento, neste link disponibilizado, até a segunda-feira (29).
Data: 30 de setembro de 2025
Horário: 17h
Local: Plenário do Superior Tribunal Militar – Brasília/DF
Transmissão ao vivo: Canal oficial do STM no YouTube
STM reforma sentença e condena acusado por uso indevido de uniforme militar em golpe de aluguel
O Superior Tribunal Militar (STM) reformou, por maioria, decisão da 7ª Circunscrição Judiciária Militar (CJM), Auditoria Militar de Recife (PE), que havia absolvido um civil sob a acusação de uso indevido de uniforme e insígnias das Forças Armadas.
A ação penal teve origem em Inquérito Policial Militar instaurado na Base Aérea do Recife, após denúncia de falsificação de documentos e indícios de uso de uniforme militar sem autorização.
Segundo as investigações, o acusado teria se apresentado como oficial da Aeronáutica para firmar contrato de locação de um imóvel, entre novembro de 2021 e abril de 2022, utilizando documentos falsos, como identidade militar e certidão de fiança emitida em nome do Comando da Aeronáutica, além de se apresentar fardado.
A fraude foi descoberta após o abandono do imóvel sem o pagamento dos aluguéis.
Testemunhas ouvidas no processo afirmaram ter visto o réu trajando uniforme completo da Força Aérea, com medalhas, em datas próximas ao episódio.
Apesar disso, em julho de 2024, a juíza da 7ª CJM, de forma monocrática, absolveu o acusado, entendendo que os elementos apresentados eram frágeis e aplicando o princípio in dubio pro reo – na dúvida, absolve-se o réu.
Inconformado, o Ministério Público Militar (MPM) interpôs recurso de apelação junto ao Superior Tribunal Militar (STM), sustentando que a prova testemunhal e documental era suficiente para comprovar a materialidade e a autoria, mesmo sem perícia no uniforme.
A Procuradoria-Geral da Justiça Militar também se manifestou pelo provimento do recurso.
O julgamento no STM seguiu a divergência aberta em relação ao voto do relator, ministro José Barroso Filho, que havia defendido a manutenção da sentença absolutória.
A maioria do plenário, no entanto, entendeu que os depoimentos colhidos, aliados aos documentos apresentados, configuravam prova robusta da prática ilícita.
Com a decisão, o Tribunal condenou o civil à pena de um mês de detenção, substituída pela suspensão condicional por dois anos, com a obrigação de comparecimento trimestral ao juízo.
Apelação Criminal- 7000519-23.2024.7.00.0000
Juíza Federal da Justiça Militar lança livro “Manual Antiassédio no Trabalho”
O Superior Tribunal Militar (STM) promoveu, nesta quinta-feira (25), o lançamento do livro Manual Antiassédio no Trabalho, de autoria da juíza federal da Justiça Militar Mariana Aquino.
O evento integrou a 10ª edição do projeto Encontro com o Autor e foi realizado no Espaço Cultural Ministro Tenente-Brigadeiro do Ar Cherubim Rosa Filho.
A obra, publicada pela Editora Letramento, busca oferecer instrumentos práticos para a prevenção e o enfrentamento do assédio moral, sexual e das práticas discriminatórias no ambiente de trabalho. Ao longo da apresentação, a autora ressaltou a necessidade de desnaturalizar condutas nocivas ainda toleradas em diferentes contextos profissionais:
“Eu tenho percebido a importância de tratar esse tema e conhecer esses dois fenômenos, pois conhecimento é poder, e assim a gente conhece o que pode ser assédio e o que pode não ser”, afirmou a magistrada.
Durante o evento, a juíza participou de um bate-papo mediado pelo jornalista Dinomar Miranda, no qual foram debatidos os desafios de reconhecer e enfrentar o assédio, sobretudo em ambientes hierarquizados como o militar.
Uma obra de referência e transformação social
Dividido em oito capítulos, o Manual Antiassédio no Trabalho vai além da dimensão teórica e se apresenta como um guia prático e reflexivo.
Logo no início, após o prefácio assinado por Roberto Heloani – um dos principais pesquisadores brasileiros em assédio moral, saúde mental e relações de poder no mundo do trabalho –, a autora propõe ao leitor uma reflexão direta: o assédio não é um problema distante, mas uma realidade presente que exige enfrentamento.
Entre os destaques, o livro explora:
- Assédio moral (Cap. 2), com análise das diferentes modalidades – organizacional, interpessoal, cyberbullying, de gênero e no militarismo – ilustradas por casos concretos e jurisprudência;
- Assédio sexual (Cap. 3), diferenciando paquera de assédio, esclarecendo mal-entendidos comuns e destacando o impacto da violência sexual em ambientes hierarquizados;
- Discriminação estrutural (Cap. 4), revelando como preconceitos de gênero, raça, deficiência, corpo e orientação sexual moldam relações de exclusão;
- Microassédios (Cap. 5), condutas sutis que corroem a autoestima e perpetuam culturas de violência;
- Guia para vítimas (Cap. 6), com orientações sobre coleta de provas, busca de apoio e medidas jurídicas;
- Boas práticas (Cap. 7), apresentando iniciativas inovadoras, como o aplicativo Respeito em Jogo e a aplicação da justiça restaurativa.
A obra se encerra com um Glossário Antiassédio, ferramenta útil para uniformizar conceitos e desnaturalizar expressões que muitas vezes mascaram situações de violência.
Um instrumento para ambientes inclusivos
Mais do que um manual técnico ou jurídico, a publicação consolida-se como um instrumento pedagógico e de transformação social, voltado a gestores públicos e privados, profissionais do Direito e a todos que acreditam em ambientes de trabalho mais seguros, respeitosos e inclusivos.
Ao final do lançamento, a sessão de autógrafos reforçou o caráter de proximidade do projeto Encontro com o Autor, que busca aproximar a comunidade jurídica e acadêmica de temas atuais e fundamentais para o Judiciário.









Ministra do STM destaca avanços e desafios da equidade de gênero no Judiciário em evento do CNJ
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu, nesta quinta-feira (25), em Brasília, a 4ª edição do evento Mulheres na Justiça – Novos Rumos da Resolução 255/2018, dedicado ao fortalecimento da Política Nacional de Incentivo à Participação Institucional Feminina no Poder Judiciário.
Na cerimônia de abertura, a ministra do Superior Tribunal Militar (STM), Verônica Abdala Sterman, teve papel de destaque ao representar a presidente da Corte, ministra Maria Elizabeth Rocha. Em sua fala, ela ressaltou a importância histórica de sua própria nomeação, como segunda mulher a integrar o STM em mais de dois séculos de existência do tribunal, e defendeu a continuidade de ações voltadas ao fortalecimento da presença feminina em posições de liderança.
“A cada nomeação, abre-se uma porta, inspira-se uma trajetória e reafirma-se que estamos avançando. Mas todos nós sabemos que o caminho ainda é de desafios”, afirmou. Para a ministra, a Resolução 255 do CNJ representa um marco na criação de oportunidades e na consolidação de um ambiente mais igualitário no Judiciário.
Verônica também destacou iniciativas recentes do STM, como a criação do Observatório Pró-Equidade e programas de acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade, medidas que, segundo ela, ultrapassam os limites da Justiça Militar e repercutem diretamente nas Forças Armadas.
Em tom de esperança, a ministra projetou um futuro em que a equidade de gênero seja naturalizada. “São pequenos passos, mas que representam transformações claras e irreversíveis. Espero que nossas filhas e netas encontrem um Judiciário em que a equidade não seja conquista, mas pressuposto; que não seja exceção, mas regra; que não seja meta, mas realidade.”
Além da ministra do STM, a abertura contou com a presença da conselheira Renata Gil, supervisora do Comitê de Incentivo à Participação Institucional Feminina do CNJ, que anunciou novas medidas para ampliar a alternância de gênero em promoções na segunda instância, e de representantes de diversos tribunais, do Legislativo e do corpo diplomático.
O evento prossegue até sexta-feira (26), com painéis e oficinas voltados à implementação de boas práticas e ao desenvolvimento de políticas que ampliem a participação das mulheres no Poder Judiciário.



Superior Tribunal Militar participa de Congresso Internacional de Direitos Humanos na Espanha
A presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministra Maria Elizabeth Rocha, está participando, entre os dias 24 e 26 de setembro, do XXVIII Congresso Internacional de História dos Direitos Humanos, realizado na Universidade de Salamanca (USAL), na Espanha.
O evento, de caráter híbrido, tem reunido especialistas de diversas áreas para debater o tema “Direitos Humanos em Crise”.
Sob a direção das professoras María Esther Martínez Quinteiro e María Paz Pando Ballesteros, o congresso consolidou-se como um dos mais relevantes fóruns acadêmicos internacionais sobre a temática. Desde 1997, a USAL promove anualmente o encontro, que se tornou referência na pesquisa e no ensino ligados ao discurso e à prática dos direitos fundamentais, atraindo pesquisadores, magistrados e especialistas de várias partes do mundo.
Durante a programação, a ministra Maria Elizabeth Rocha apresentou a conferência “Governança Pró-Equidade”, na qual destacou a importância da gestão participativa e democrática no Judiciário. Em sua fala, ressaltou a criação de um Comitê de Política Antidiscriminatória no âmbito da Presidência do STM e o funcionamento do Observatório Pró-Equidade, espaço público voltado à promoção de políticas inclusivas, com a participação de especialistas e da sociedade civil.
A delegação do STM também contou com a participação de magistradas auxiliares. A juíza Amini Haddad, auxiliar da Presidência do Tribunal, ministrou a palestra de abertura, intitulada “Políticas Judiciárias à Equidade e Protocolos Judiciais de Acesso à Justiça”, em que enfatizou a necessidade de instrumentos processuais capazes de assegurar a efetividade das garantias constitucionais.
Já a juíza federal da Justiça Militar Denise de Melo Moreira apresentou a conferência “Ouvidoria da Mulher e o Sistema de Justiça”, destacando a relevância de espaços institucionais de acolhimento diante da persistente violência de gênero estrutural.
Em sua intervenção, a professora María Esther Martínez, coordenadora de pós-doutorado da Universidade de Salamanca e pesquisadora em Direitos Humanos, afirmou que a universidade e a comunidade acadêmica “têm muito a aprender com o exemplo estruturado pela gestão da ministra Maria Elizabeth Rocha”.
Segundo ela, a criação do Observatório Pró-Equidade e a implementação de políticas de Estado voltadas à inclusão representam um avanço significativo para a concretização dos direitos humanos. Para Martínez, essas iniciativas revelam “a lucidez do papel da atual gestão e o compromisso histórico da ministra com pautas inclusivas e transformadoras”.
As sessões presenciais estão ocorrendo em Salamanca, enquanto as atividades online foram transmitidas diariamente das 17h às 19h (horário de Madri), correspondendo ao período das 12h às 14h em Brasília.
Além de palestras magnas, o encontro foi estruturado em Grupos de Trabalho, que reúnem estudiosos de diferentes países para discutir temas como direitos sociais, saúde, migrações, educação para a paz, novas tecnologias e geopolítica.
Com 28 edições já realizadas, o congresso reafirma a tradição salmantina de transformar a história em um instrumento de reflexão e de defesa dos direitos humanos, fortalecendo o diálogo internacional e interdisciplinar em torno dos desafios contemporâneos.



Posse da ministra Verônica Abdalla Sterman no Superior Tribunal Militar ocorre na próxima terça-feira (30)
O Superior Tribunal Militar (STM) realizará, na próxima terça-feira, 30 de setembro, às 17h, a cerimônia de posse da ministra Verônica Abdalla Sterman, no plenário da Corte, em Brasília, com transmissão ao vivo pelo canal oficial do STM no YouTube.
A solenidade contará com a presença de autoridades dos Três Poderes da República, entre elas o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin; dos ministros do STF Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin; do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro; além do presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, parlamentares e representantes de entidades da sociedade civil, como a União das Mulheres Advogadas e da Coalizão Nacional de Mulheres.
A nova ministra ocupará a vaga destinada à advocacia, aberta com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, em abril deste ano. Sua indicação foi feita pelo presidente Lula em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, e aprovada pelo Senado Federal após sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e votação em Plenário, com 51 votos favoráveis e 16 contrários.
Com a posse, Verônica Sterman torna-se a segunda mulher na história de 217 anos do STM a integrar a Corte. A primeira foi a ministra Maria Elizabeth Rocha, empossada em 2007 e atual presidente do Tribunal, eleita em dezembro de 2024.
Perfil
Verônica Abdalla Sterman é formada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com especialização em Direito Penal Econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Possui também pós-graduação na mesma área pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), em parceria com a Universidade de Coimbra (Portugal). Sua trajetória é marcada pela atuação destacada na advocacia.
Credenciamento
Os jornalistas interessados em fazer a cobertura do evento devem fazer o credenciamento, neste link disponibilizado, até a segunda-feira (29).
Data: 30 de setembro de 2025
Horário: 17h
Local: Plenário do Superior Tribunal Militar – Brasília/DF
Transmissão ao vivo: Canal oficial do STM no YouTube
Ministro faz palestra na Universidade do Vale do Taquari (Univates), em Lajeado (RS)
A Universidade do Vale do Taquari (Univates), sediada em Lajeado (RS), na região central do estado, promoveu, na noite de 22 de setembro, a palestra “O Superior Tribunal Militar e a Justiça Militar”, conduzida pelo ministro do Superior Tribunal Militar (STM), Almirante de Esquadra Leonardo Puntel.
O encontro, realizado no auditório do Prédio 7, foi organizado pelo curso de Direito e reuniu autoridades civis e militares, acadêmicos e membros da comunidade.
A programação teve início com uma apresentação da Camerata Gustavo Adolfo Univates, sob regência do maestro Astor Dalferth. Em seguida, o presidente da Fundação Univates, professor Carlos Cândido da Silva Cyrne, deu as boas-vindas ao público e ressaltou o papel da universidade como espaço de integração entre diferentes saberes e instituições.
Segundo ele, “a formação universitária, especialmente na área do Direito, não deve se restringir ao estudo teórico, podendo ser enriquecida com a escuta qualificada de profissionais que atuam em instâncias decisórias e da Justiça no País”.
Na sequência, o ministro Leonardo Puntel apresentou um panorama da evolução histórica da Justiça Militar no Brasil, desde o período imperial até os dias atuais. Explicou a estrutura e o funcionamento do STM, detalhando suas duas instâncias, composição e principais atribuições. Ressaltou ainda o papel da Justiça Militar na preservação da hierarquia e da disciplina nas Forças Armadas, bem como as modernizações em curso na instituição.
O ministro também destacou a alta credibilidade da Justiça Militar, construída ao longo de sua trajetória histórica. Segundo ele, o STM promove a democracia, a hierarquia e a disciplina no contexto da sociedade brasileira. “A hierarquia e a disciplina são os pilares basilares”, acentuou.
Puntel ainda ressaltou a importância da atuação das Forças Armadas em diferentes momentos da história nacional e a contribuição de autoridades militares nos processos de julgamento.
A Corte é composta por 15 ministros e julga, em média, 1.000 processos por ano.
A atividade contou com a mediação dos professores da Univates Márcio de Abreu Moreno, delegado de Polícia, e André Eduardo Schröder Prediger, promotor de Justiça.
Ao final, o ministro agradeceu à Universidade pela oportunidade de diálogo com a comunidade acadêmica.
Entre os presentes estiveram a prefeita de Lajeado, Gláucia Schumacher, além de autoridades civis, militares, docentes e estudantes de Direito.


Indisciplina e desacato levam à perda de posto de oficial da Marinha
O Superior Tribunal Militar (STM) decidiu, nesta semana, pela procedência da representação apresentada pelo Ministério Público Militar (MPM) e declarou a indignidade para o oficialato de um Capitão-Tenente da Marinha, condenado a 3 anos, 9 meses e 15 dias de reclusão pela Justiça Militar da União.
A condenação criminal, ocorrida em 29 de maio do ano passado, teve como fundamento a prática dos crimes de recusa de obediência, desrespeito a superior e desacato a superior. Os fatos ocorreram em 2018, quando o militar integrava o Grupamento de Mergulhadores de Combate (GRUMEC).
De acordo com os autos, em 28 de junho daquele ano, o oficial descumpriu, em duas ocasiões, ordens diretas para providenciar a instalação de dois aparelhos de ar-condicionado modelo split. A primeira ordem foi dada pelo Imediato do GRUMEC e a segunda, pelo Comandante da Unidade. O militar, entretanto, alegou que a determinação era “arbitrária e ilegal” e justificou a recusa sob a alegação de não possuir ferramentas adequadas.
O Conselho Especial de Justiça, na primeira instância da Justiça Militar da União, no Rio de Janeiro, entendeu que as justificativas não se sustentavam diante da função do oficial, que era Encarregado da Administração e responsável pela manutenção da infraestrutura do quartel. O serviço, que estava sendo protelado há mais de dois meses, foi realizado já no dia seguinte por militares subordinados, após intervenção do Comando.
A defesa recorreu ao Superior Tribunal Militar, em Brasília, que manteve a condenação. Durante o julgamento, o relator destacou “a elevada reprovabilidade da conduta do militar que se recusa a obedecer ordem de superior, ordem essa emanada do próprio Comandante da Organização há mais de dois meses e que versava sobre assunto de serviço”, enfatizando ainda a “desídia” do acusado — termo que significa negligência ou falta de empenho no cumprimento de suas funções.
Além da recusa em cumprir ordens, o Capitão-Tenente também foi condenado por desrespeito e desacato ao Comandante, a quem se dirigiu de forma grosseira, utilizando palavras de baixo calão e elevando o tom de voz repetidas vezes, mesmo após advertência para manter a compostura.
Com o trânsito em julgado da ação penal, o procurador-geral de Justiça Militar, Clauro Roberto de Bortolli, ingressou junto ao STM com representação de indignidade e incompatibilidade para o oficialato. Na petição, o chefe do MPM ressaltou a gravidade das condutas, citando trecho do próprio acórdão condenatório:
“(...) o Superior Tribunal Militar registrou que se evidencia a elevada reprovabilidade da conduta do militar que se recusa a obedecer ordem de superior, ordem essa emanada do próprio Comandante da Organização há mais de dois meses e que versava sobre assunto ou matéria de serviço, por vulnerar indelévelmente a autoridade e a disciplina militares, não deixando de destacar a desídia com a qual lidou o Oficial responsável (...)”.
O procurador-geral acrescentou ainda que:
“(...) Toda a ousadia do representado para com as ordens de seus superiores, em conjunto com o profundo desprezo demonstrado pela linguagem rude e grosseira, aliada à opção deliberada pelo uso de palavras de baixo calão, demonstram, sem sobra de dúvidas, seu desrespeito pela própria Marinha do Brasil. Seu comportamento foi inaceitável e sobremaneira reprovável, além de haver maculado não somente a sua honra individual, mas também o pundonor militar, o decoro da classe e a imagem da própria Força Naval”.
Para o ministro Carlos Vuyk de Aquino, relator da representação, a postura do oficial revelou “profundo desprezo pela autoridade e pela disciplina militares”, valores fundamentais das Forças Armadas. O magistrado considerou que a conduta foi incompatível com a dignidade exigida do oficialato e votou pela procedência integral da representação apresentada pelo MPM.
Por maioria, os demais ministros acompanharam o relator, confirmando a decisão pela declaração de indignidade para o oficialato.
Processo: Representação nº 7000114-50.2025.7.00.0000
Ministra-presidente do STM recebe reitora da UFMG e é homenageada em publicação comemorativa
Na última sexta-feira (19), a presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Guimarães Rocha, recebeu em seu gabinete a visita da reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sandra Regina Goulart Almeida.
Durante o encontro, a reitora presenteou a ministra com a publicação “UFMG Centenária”, obra que celebra a trajetória da instituição em preparação para o seu centenário, a ser comemorado em 2027.
A ministra Maria Elizabeth Guimarães Rocha, que é doutora em Direito Constitucional pela UFMG, figura com destaque no livro, ao lado de personalidades que marcaram a história do país e da universidade, como Afonso Pena, Afonso Arinos, Arthur Bernardes, Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves, entre outros.
A publicação reúne intelectuais, artistas, escritores, cientistas, ativistas, esportistas e líderes políticos que, ao longo do tempo, contribuíram para a projeção nacional e internacional da UFMG, dando rosto e significado à sua história centenária.



