Sede do STM de 1916

O dia 10 de maio foi a data escolhida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que todo o poder judiciário organize atividades que busquem preservar a sua memória, assim como divulgue informações que possam ser úteis à sociedade e à preservação da sua narrativa. A data foi instituída através da Resolução nº 316 de 22 de abril e, não por coincidência, é a mesma da instalação da histórica Casa de Suplicação, embora essa tenha sido criada em 1808.

Dias antes, a Justiça Militar foi criada, tornando-se o primeiro órgão judicante desta nova Nação.

Justiça mais antiga

Em outubro de 1807, ciente de que o exército francês marchava rumo à fronteira portuguesa, o Príncipe Regente Dom João, para ganhar tempo, ordenou o fechamento de seus portos a todas as embarcações de guerra ou da marinha mercante de procedência britânica. Porém, naquele mesmo mês, as duas nações já haviam celebrado secretamente a Convenção para Transferência da Monarquia Portuguesa, onde o Império Britânico se comprometia a enviar uma esquadra para assegurar a proteção da Família Real em sua viagem ao Brasil em troca de futuros acordos comerciais.

No dia 29 de novembro de 1807, partiram do porto de Lisboa com o objetivo de se estabelecerem na cidade do Rio de Janeiro, o Príncipe Regente D. João e a maior parte de sua corte, atracando primeiramente em Salvador, em janeiro de 1808, e chegando ao seu destino final dois meses depois, no dia 08 de março daquele ano.

A Carta Régia de 29 de novembro de 1806 criou os Conselhos de Justiça, sendo revogada pelo Alvará Régio com força de Lei, de 1º de abril de 1808, criando o Conselho Supremo Militar e de Justiça. Instituído como um Órgão composto por três Conselhos independentes com funções administrativas e judiciais: o Conselho Supremo Militar, o Conselho de Justiça e o Conselho de Justiça Supremo Militar.

O Conselho Supremo Militar era responsável por conhecer assuntos relacionados a soldos, promoções, lavratura de patentes e uso de insígnias. Era composto por conselheiros de guerra e do almirantado e por oficiais do exército e da armada convocados para servirem como vogais.

Já na esfera judicial, o Alvará de 1º de Abril incumbiu ao Conselho de Justiça decidir em última instância sobre as ações impetradas contra réus sujeitos ao foro militar. Além disso, os processos originados em conselhos de guerra de corpos militares de todas as capitanias, com exceção das do Pará, Maranhão e domínios ultramarinos, deveriam ser encaminhados, também, ao Conselho de Justiça, que era composto por conselheiros de guerra, vogais e três ministros togados, reunindo-se ordinariamente nas tardes de quarta-feira.

Casa da Suplicação

A Casa de Suplicação passou a existir como consequência da transferência da família real para o Brasil. Foi instalada no Rio de Janeiro e tinha como objetivo ser um tribunal superior de última instância, tal qual o que já existia em Lisboa. Foi pela importância cultural da Casa, primeiro órgão de cúpula que houve no Judiciário brasileiro, que a data da sua criação foi escolhida para comemorar a memória do Poder Judiciário.

O dia 10 de maio será a oportunidade de divulgar os acervos dos Tribunais, envolvendo profissionais de diversas áreas, tais como biblioteconomia, arquivologia e história, além dos servidores e colaboradores pertencentes aos próprios órgãos. Deverão ser promovidos cursos, palestras e diversos tipos de eventos que busquem difundir a todos a riqueza histórica do Poder Judiciário Brasileiro.

Paralelo às iniciativas promovidas pelos tribunais, o CNJ incentivará a realização anual de um Encontro Nacional de Memória do Poder Judiciário. A reunião contará com a participação de magistrados, servidores, membros da sociedade civil e profissionais das áreas envolvidas e deverá ser organizado por um dos tribunais do país, preferencialmente na semana do Dia da Memória do Poder Judiciário.

Memória da JMU

Portanto, a Justiça Militar da União (JMU) é a justiça mais antiga do país e foi criada no ano de 1808. Pelas suas próprias peculiaridades, possui diversas iniciativas que vão ao encontro da data instituída como Dia da Memória. O largo acervo histórico dessa corte está disponível para consulta pública através da ferramenta e base de dados "Arquimedes", e já conta com milhares de páginas digitalizadas, da mais de 22 milhões de páginas de processos históricos e à disposição da sociedade.

Um bom número deles está digitalizado e encontra-se em um repositório institucional que disponibiliza legislação e publicações históricas, fotografias, discursos, livros, manuscritos e outras informações que contam uma parte da biografia da justiça no Brasil.

O público externo também pode conhecer mais sobre a JMU no museu e na biblioteca do Superior Tribunal Militar (STM), que ficam localizados na sede do Tribunal, em Brasília. O arquivo da instituição também é uma grande fonte de informações, pois reúne fisicamente diversos documentos que retratam decisões importantes a respeito de vários acontecimentos histórico do país, que vão desde o Brasil Colônia aos dias atuais.

Em virtude da pandemia do coronavírus, no entanto, as visitas físicas ao museu e ao Arquivo do STM, com seu riquíssimo acervo, estão suspensas temporariamente. Mas muitos documentos históricos podem ser acessados, na íntegra, pela internet, no Portal do STM.

A ministra do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Rocha, foi condecorada pelo Exército nesta quinta-feira (25), em solenidade comemorativa ao Dia do Soldado. 

O evento foi realizado no Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília. 

A Medalha do Pacificador, recebida pela ministra, é dada pelo Exército às pessoas que prestaram serviços relevantes ao país. Além da ministra, outras 300 pessoas foram homenageadas em Brasília, dentre elas, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela condução da Operação Lava Jato. 

Outras 1.023 pessoas e personalidades também foram condecoradas neste Dia do Soldado, em várias regiões do país, durante solenidades semelhantes feitas pelo Exército.

O ministro-presidente do STM, William de Oliveira Barros, e ministros da Corte prestigiaram a solenidade em Brasília, inclusive como paraninfos. 

À tarde, durante a sessão de julgamento no Plenário do STM, o ministro William de Oliveira Barros saudou o Dia do Soldado, parabenizou a Força Terrestre, e felicitou, em nome da Corte, a ministra Maria Elizabeth Rocha pela honraria recebida.

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Todos os anos, em 31 de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e seus parceiros comemoram o Dia Mundial sem Tabaco para alertar sobre os riscos do tabagismo e defender as políticas para reduzir o consumo de tabaco.

Para 2016, a OMS definiu o tema “Embalagens Padronizadas de Tabaco” para ser trabalhado internacionalmente.

O uso de embalagens padronizadas significa dizer que todas as embalagens de cigarro e outros produtos de tabaco passam a ser iguais, seguindo um padrão definido pelo governo, que determina forma, tamanho, modo de abertura, cor, fonte, mantendo-se apenas o nome da marca.

A embalagem padronizada é livre de logotipos, design e textos promocionais. Também são mantidas as advertências sanitárias sobre danos do tabagismo, exigidas pelo Ministério da Saúde, e o selo da Receita Federal.

Uma das estratégias da indústria é criar embalagens com cores mais claras, como branco, azul, prata ou dourado, que dizem possuir teores menores de alcatrão e nicotina.

Porém, não há nenhuma garantia de que o conteúdo vendido provoque menos risco à saúde ou menos dependência. Também está provado que o consumo desse tipo de produto não resulta numa opção eficaz para quem deseja parar de fumar.

A adoção de embalagens padronizadas é uma medida importante para a redução da demanda, uma vez que:

  • Reduzem a atratividade e o apelo dos produtos de tabaco para os consumidores, particularmente os jovens;
  • Aumentam a visibilidade e a efetividade das advertências sanitárias obrigatórias;
  • Reduzem a capacidade das embalagens de confundirem os consumidores sobre os efeitos prejudiciais à saúde associadas ao tabagismo;
  • Enfraquecem as técnicas de marketing e design utilizadas pela indústria nas embalagens, que possam sugerir que alguns produtos de tabaco são menos nocivos que outros.

Estratégias de venda

Pesquisas realizadas pelo Instituto Datafolha, a pedido da ONG Aliança de Controle do Tabagismo (ACTbr), sobre influência em crianças e jovens causada pela exposição das embalagens de cigarros nos pontos de venda mostram que:

  • Solicitados a dizer, espontaneamente, quais produtos lembravam-se de ver à venda no caixa dos estabelecimentos, 42% citam cigarros, foi o segundo produto mais citado.
  • Em 83% dos estabelecimentos, os cigarros ficam próximos de balas, chocolates ou doces.
  • Em 93% dos locais, os cigarros ficam próximos ao caixa.

A Pesquisa Internacional de Avaliação das Políticas de Controle do Tabaco, realizada no Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, em 2012, perguntou a 1.200 fumantes e 600 não fumantes se os produtos do tabaco deveriam ser regulados com mais rigor. Os resultados indicaram um forte apoio da população: 83,1% dos fumantes e 89,2% dos não fumantes concordaram com uma regulação mais rígida dos produtos de tabaco.

Curso para parar de fumar

O STM dispõe de um programa permanente de apoio a quem deseja parar de fumar.

O interessado em participar deve apenas entrar em contato com a Seção de Psicologia e Serviço Social (Sepso), onde fará sua inscrição e passará a receber acompanhamento individual.

O processo de atendimento começa com uma entrevista com um psicólogo ou assistente social e, no seu desenvolvimento, pode incluir o tratamento medicamentoso. É, portanto, um trabalho integrado, ao envolver vários profissionais da área de Saúde, como psicólogos, assistentes sociais, médicos, enfermeiros e dentistas. É importante ressaltar que as atividades não envolvem nenhum custo para os participantes.

Além dos servidores, os demais colaboradores da JMU em Brasília podem participar do projeto, como terceirizados, estagiários e dependentes dos servidores. 

Entre em contato com a Sepso pelos ramais 250 ou 302 e faça a sua inscrição!

Veja abaixo uma entrevista com a assistente social Julia Teodoro, que fala detalhes sobre a proposta.

O dia foi muito especial para quase cem crianças da comunidade Santa Luzia, na cidade Estrutural, no Distrito Federal. Atividades simples, como pintar as unhas ou rosto; as traquinagens no pula-pula ou o simples afago de um colo, que faz muita diferença.

Diversos voluntários do projeto social Educamar foram os responsáveis por mais um sábado de alegria, com muita música, dança, aulas de reforço, apresentação de circo, lanches, sorvetes e muita atenção.

O projeto foi uma das entidades escolhidas para receber as doações feitas pelos integrantes do Superior Tribunal Militar e das Auditorias de Brasília, dos donativos e dinheiro recolhidos na realização da Festa Junina deste ano.

O Projeto nascido há quatro anos funcionava, até pouco tempo, numa casa emprestada. Mas devido à crescente demanda, a saída foi comprar um lote na comunidade e construir a própria sede.

Para Jéssica Goes, coordenadora do Projeto Educamar, a condução é bem difícil porque não conta com a ajuda do governo e falta muito dinheiro para manter e aumentar a oferta de serviços às crianças e adolescentes atendidos.

Ela afirma que depois de muita luta conseguiu comprar um lote na comunidade e levantou as paredes para a sede própria da Educamar.

Mas os voluntários dão muito mais do que dinheiro, suor e tempo ao projeto. Taiara Rosa diz que o sentimento que move os trabalhos de todos os voluntários é o amor. "É um chamado, que é mais forte do que a gente. Toda renúncia, todo sacrifício vale a pena quando você vê a melhora das crianças nas notas, a melhora nos relacionamentos dentro de casa”, diz.

Doações da Festa Junina

Três servidores do STM foram ao local para fazer a entrega oficial das doações e do dinheiro recolhidos por integrantes da JMU durante a Festa Junina beneficente.

Para Mônica Magalhães, coordenadora de Recursos Humanos da Diretoria de Pessoal, os servidores do STM deram uma demonstração de amor, solidariedade, respeito e empatia ao dedicar um pouco de seu tempo para ajudar as crianças e adolescentes da Estrutural. “E estão contribuindo e ajudando os jovens voluntários, que apesar de jovens, fazem esse trabalho tão belo e desapegado.”

E como faz diferença esse trabalho voluntário. A dona Edilene Pereira, mãe de 10 filhos e há 10 anos morando na comunidade, conta que o comportamento dos meninos e das meninas é outro depois da chegada do projeto social. Ela afirma que o Projeto é muito importante para a comunidade, especialmente para as crianças, que são ociosas e não têm acesso aos serviços básicos, tampouco a lazer e educação.

“O projeto tira muita gente do mundo da rua, das drogas. As mudanças a gente vê no dia a dia dentro de casa, no comportamento e na educação. A Estrutural precisa de ajuda, por isso tudo aqui é bem-vindo”, revela a senhora, que vive da coleta seletiva e além dos dez filhos, ainda arranja tempo para cuidar dos vários netos.

Com os valores arrecadados, foram comprados e doados ao Projeto EducAmar e à São José Operário os seguintes materiais: 

- 15 cartuchos HP 333 R$ 1.210,10;
- Impressora multifuncional HP 7612 R$ 1.051,00; 
- SMART TV LED Samsung 32 R$ 1.246,95; 
- Bebedouro de agua eletrônico 20L (2 uni) R$ 416,32; 
- Conjunto de mesas e cadeiras de plástico adulto 70x70 (12 uni) R$ 1.800,00; 
- Conjunto de mesas e cadeiras de plástico infantil (9 uni) R$ 810,00; 
- Armário de aço (2 uni) R$ 1.065,74; 
Total R$ 8.218,00.

Veja mais fotografia  

Assista à repotagem de TV sobre o evento 

Saiba como foi a Festa Junina solidária do STM

Técio Lins e Silva é o convidado da próxima sexta-feira

 

O projeto de iniciativa da presidente do Superior Tribunal Militar, ministra Maria Elizabeth, busca fomentar o debate sobre assuntos atuais e importantes do direito contemporâneo. A ideia é unir públicos de diversos setores – estudantes de Direito, promotores, servidores públicos, advogados, militares, juízes – para trocar ideias e impressões sobre um mesmo tema.

A cada mês um especialista é convidado para participar do programa que tem duração de até uma hora. O evento acontece no auditório do Superior Tribunal Militar em Brasília e qualquer pessoa pode participar da gravação do episódio. Para isso, é necessário fazer inscrição prévia pelo portal do STM. A conversa também é transmitida ao vivo pelo Youtube e o público virtual é incentivado a interagir pelo Twitter com perguntas para serem respondidas pelo convidado.

O Diálogo Aberto foi lançado em agosto deste ano com a presença do ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto. Em setembro, foi a vez do Advogado Geral da União, Luis Inácio Adams colaborar com o projeto. Nas duas edições, mais de 1.000 pessoas participaram presencialmente, pelo Youtube e Twitter.

“Para essa Justiça Bicentenária, receber gente nova, mesmo que virtualmente, disposta a ouvir e trocar ideias é uma grande possibilidade de renovar conceitos e apresentar a Justiça Militar a um público que ainda não a conhece”, afirmou a presidente do Superior Tribunal Militar, ministra Maria Elizabeth.

O próximo encontro já está marcado. Será no dia 17 de outubro a partir das 16h. O convidado é o presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros Técio Lins e Silva, que falará sobre o exercício da advocacia durante o regime militar e sobre as questões atuais que refletem na prestação jurisdicional da Justiça Militar, como os questionamentos sobre sua manutenção em tempos de paz e sobre o julgamento de civis por essa Justiça especializada.

Técio Lins e Silva iniciou a sua carreira na época do regime militar e se destacou como um dos mais atuantes defensores de presos políticos, tanto na primeira instância da Justiça Militar da União, como no Superior Tribunal Militar. A primeira defesa formal aconteceu em 1968 quando o advogado recém-formado discursou na tribuna do STM a favor de um habeas corpus para um preso político.

Venha você também participar desse diálogo.

Leia mais:

Terceira edição do Diálogo Aberto está com inscrições abertas

 

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