Pela primeira vez em sua história, a Auditoria Militar de Santa Maria (RS) – primeira instância da Justiça Militar da União na cidade - teve uma mulher como presidente do Conselho Permanente de Justiça (CPJ) para o Exército.

A major Cristine Aspirot do Couto Ferrazza, militar do efetivo do Hospital de Guarnição de Santa Maria, permanecerá na presidência do órgão durante este último trimestre de 2016.

O Conselho Permanente de Justiça, órgão da Justiça Militar, é constituído pelo juiz-auditor, por um oficial superior, que será o presidente, e três oficiais de posto até capitão, da mesma força do réu. 

A Justiça Militar da União (JMU) é um dos ramos do Poder Judiciário brasileiro, sendo especializada no julgamento de crimes militares. Está dividida em doze Circunscrições Judiciárias Militares (CJM), que por sua vez abrigam uma ou mais Auditorias Militares, os órgãos de Primeira Instância.

As Auditorias têm jurisdição mista, ou seja, cada uma julga os feitos relativos à Marinha, ao Exército e à Aeronáutica. Na Primeira Instância, o julgamento é realizado pelos Conselhos de Justiça (CPJ).

O Conselho Permanente de Justiça é competente para processar e julgar acusados que não sejam oficiais, incluindo civis. O Conselho Especial de Justiça é competente para processar e julgar oficiais, exceto os oficiais generais, que são processados diretamente no Superior Tribunal Militar.

Os recursos às decisões de Primeira Instância são remetidos diretamente para o Superior Tribunal Militar (STM).

Um soldado do Exército Brasileiro foi condenado, no dia 30 de janeiro, após ser flagrado furtando – dentro das dependências do quartel – um celular de um de seus companheiros de farda. O caso foi julgado pela 3ª Auditoria da 3ª CJM, em Santa Maria (RS).

De acordo com a denúncia do Ministério Público Militar (MPM), o crime ocorreu em junho de 2016. O proprietário do celular teria deixado o aparelho em cima da cama por alguns minutos enquanto acomodava seus demais pertences em sua mochila e, ao retornar, não o encontrou no local. O celular foi avaliado em aproximadamente R$ 800,00.

O soldado então comunicou o desaparecimento ao oficial do dia que, de imediato, ordenou uma revista no alojamento. Cerca de duas horas depois, após notar um comportamento suspeito do réu juntamente com um som estranho vindo de seu tênis, o oficial determinou que ele tirasse o calçado e lá foi encontrado o aparelho desaparecido.

Autuado no artigo 240 (furto) do Código Penal Militar (CPM), o réu foi preso na hora. Entretanto, recebeu um alvará de soltura uma semana após o ocorrido. Com a decisão da Auditoria de Santa Maria (RS), o réu foi condenado a um ano de detenção.

Julgamento

Na tarde do dia 30 de janeiro, o militar compareceu perante o Conselho Permanente de Justiça para o Exército da Auditoria de Santa Maria. Para o representante do MPM, a autoria e a materialidade do furto são incontestáveis, uma vez que o réu confessou o crime e o objeto foi encontrado em seu poder.

Para a defesa, o objeto do furto era de pequeno valor e o réu não chegou a deter por completo a posse do aparelho, isso é, não usufruiu de suas funções.

Após a fase de debates, o CPJ decidiu – de forma unânime – fixar a pena em um ano de detenção, em regime inicialmente aberto, e conceder a suspensão condicional da pena por dois anos. O réu ainda pode apelar ao Superior Tribunal Militar (STM) em liberdade.

 

De 19 a 21 de agosto será realizado na Base Aérea de Santa Maria o X Seminário de Direito Militar da Guarnição de Santa Maria (RS). As inscrições podem ser feitas gratuitamente até o dia 10 de agosto no site do evento.

De 19 a 21 de agosto será realizado na Base Aérea de Santa Maria o X Seminário de Direito Militar da Guarnição de Santa Maria (RS). As inscrições podem ser feitas gratuitamente até o dia 10 de agosto no site: www.direitomilitarsm.com.br . O evento conta com o apoio da Auditoria de Santa Maria.

Três ministros do STM serão palestrantes. O vice-presidente Fernando Sérgio Galvão falará sobre “Base principiológica da Justiça Militar da União no contexto do Estado Brasileiro”. William de Oliveira Barros discorrerá sobre a “A Justiça Militar do Brasil: atualidades e perspectivas” e José Coêlho Ferreira abordará o tema “Desafios atuais da JMU”.

Outros temas como “A responsabilidade do superior à luz do Estatuto de Roma” e “O processo administrativo militar”, serão tratados no seminário.

Mais informações podem ser obtidas no site do evento.

Ocorreu nos dias 19 e 20 de junho, no “Centro Solar dos Andradas”, o II Simpósio de Justiça Militar para Alunos do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de São Paulo (CPOR/SP) e Alunos-Oficiais da Academia de Polícia Militar do Barro Branco (APMBB).

O evento teve por objetivos: proporcionar informações atualizadas de autoridades, magistrados e promotores sobre temas importantes da Justiça Militar; estimular o debate de temas jurídicos relevantes para o meio acadêmico e militar; promover a intensificação dos contatos com representantes do Poder Judiciário da União e do Estado de São Paulo; e promover a integração do CPOR/SP e da APMBB, como escolas tradicionais de formação de líderes da sociedade paulista.

Na oportunidade, houve a participação de palestrantes das seguintes instituições: Superior Tribunal Militar, Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo, Ministério Público Militar, Ministério Público do Estado de São Paulo e Defensoria Pública da União.

Foram ministradas as seguintes palestras:

- "A Justiça Militar da União", pelo General de Exército Marco Antônio de Farias, Ministro do Superior Tribunal Militar:

- "Noções de Direito e de Justiça", pelo Dr Silvio Hyroshi Oyama, Juiz do Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo:

-"Lei de Combate ao Terrorismo", pelo Dr Christiano Jorge Santos, Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo e Tenente R2 de Cavalaria da turma de 1985:

- "O Crime Militar e a jurisprudência do STM", pelo Dr Péricles Aurélio Lima de Queiroz, Ministro do Superior Tribunal Militar e Tenente R2 de Infantaria da turma de 1973:

-"Hierarquia e Disciplina, vigas mestras das Forças Armadas, verdadeiros princípios jurídico-constitucionais", pelo Dr Ricardo Vergueiro Figueiredo, Juiz Titular da 1ª Auditoria da 2ª Circunscrição Judiciária Militar e Tenente R2 de Infantaria da turma de 1987:

- "O crime militar - as alterações no Art. 9º do Código Penal Militar trazidas pela Lei nº 13.491/17", pelo Dr Adilson José Gutierrez, Promotor de Justiça Militar e Major PM da turma de 1984 da APMBB:

- "Imunidades Criminais das Tropas Brasileiras em Missões de Paz da ONU", pela Dra Juliane Rigon Taborda, Defensora Pública Federal:

Além das autoridades palestrantes, o evento foi prestigiado pelo Comandante da 2ª Região Militar, General de Divisão Adalmir Manoel Domingos; pelo Vice-Presidente do Círculo Militar de São Paulo, Brigadeiro do Ar Ivo de Almeida Prado Xavier; pelo Comandante da APMBB, Coronel PM Sérgio Feletto; pelo SCmt da APMBB, Tenente Coronel PM Luís Edson Gonçalves; pelo Presidente da Associação Brasileira de Oficiais da Reserva do Exército (ABORE), Tenente R2 Francisco Balthazar de Abreu Sodré Santoro, além de convidados e amigos do CPOR/SP.

Durante o evento, ocorreu uma formatura geral, onde o Corpo de Alunos do CPOR/SP e da APMBB uniram-se ombro a ombro no lendário Pátio Patriarca da Independência, representando a união de forças e de ideais do Exército Brasileiro e da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

O General Farias relembrou a importância da probidade com a fonte dos demais valores militares e a importância destes na vida pessoal e profissional dos jovens militares, futuros Oficiais de suas instituições.

O simpósio permitiu, ainda, a integração dos futuros Oficiais da Reserva do Exército Brasileiro e da Polícia Militar do Estado de São Paulo, agregando conhecimentos para cumprirem suas missões constitucionais, baseados nos preceitos da legalidade e da legitimidade.

simposio final 2

 simposio final 3

Com informações do Exército Brasileiro

A 14ª edição do Seminário de Direito Militar da Guarnição de Santa Maria (RS) será realizada de 14 a 16 de agosto. O evento conta com o apoio da Auditoria de Santa Maria e acontece no auditório da Base Aérea da cidade.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 10 de agosto no site: www.direitomilitarsm.com.br.

Dois ministros do Superior Tribunal Militar (STM) participarão como conferencistas. A palestra inaugural, no dia 14, será feita pelo ministro Francisco Joseli Parente Camelo, que falará sobre "A Valorização da Justiça Militar da União e a Ampliação de sua Competência".

Em seguida, o ministro Carlos Augusto de Sousa apresentará o tema "A Justiça Militar da União através da qualificação trazida pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados da Justiça Militar da União (ENAJUM)".

O terceiro dia de Seminário será aberto com a palestra “A visão da Justiça Militar da União à ampliação de sua competência após as alterações trazidas pela Lei nº 13.491/2017”, a ser proferida pelo juiz-auditor substituto da Auditoria de Bagé, Wendell Petrachim Araújo.

Outros temas relacionados à Justiça Militar serão tratados durante o Seminário. Mais informações e a programação completa podem ser obtidos no site do evento.

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