DINOMAR MIRANDA DOS SANTOS

A presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministra Maria Elizabeth Rocha, é uma das convidadas internacionais que participam do XI Congresso Internacional de Direito na Lusofonia, que acontece nesta semana em Luanda, capital de Angola.

O evento celebra os 50 anos da independência de Angola, ex-colônia portuguesa e tem como tema central "A Justiça na Construção do Estado de Direito no Século XXI". A Sessão Solene de abertura foi realizada nesta terça-feira (13), no Palácio da Justiça, sede do Poder Judiciário angolano, com a presença de autoridades de diversos países lusófonos.

A ministra Maria Elizabeth Rocha foi uma das palestrantes da cerimônia de abertura, ao lado da juíza conselheira Laurinda Prazeres Monteiro Cardoso, presidente do Tribunal Constitucional de Angola. Em sua conferência, a presidente do STM abordou o tema “O Acesso da Mulher ao Poder Judiciário”.

Segundo a ministra, a temática ganha relevância em um cenário ainda marcado por desigualdades de gênero e por estruturas sociais que historicamente oprimem e marginalizam a presença feminina em espaços de poder, inclusive no sistema de Justiça. “As barreiras ao acesso das mulheres à Justiça surgem muito antes de um eventual litígio. Estão ligadas, por exemplo, à ausência de alfabetização jurídica, o que dificulta ou até impossibilita o acionamento dos mecanismos judiciais”, afirmou.

Maria Elizabeth destacou ainda que garantir o acesso efetivo das mulheres ao Judiciário “é um desafio imenso”, que exige políticas públicas inclusivas, operadores do Direito preparados e sensibilizados com as questões de gênero, além da oferta de informações claras e acessíveis sobre os processos legais. “É necessário assegurar o tratamento justo e equitativo às mulheres, reconhecendo sua subjetividade e sua condição social específica”, defendeu.

Além da ministra, outro representante do STM participa dos debates: o ministro Odilson Sampaio Benzi integra um dos grupos de trabalho e apresentará a palestra “O Papel das Forças Armadas nas Respostas aos Efeitos Catastróficos das Enchentes de 2024, no Rio Grande do Sul”.

As atividades do Congresso se estendem por vários espaços da capital angolana, como o Palácio da Justiça, a Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto e a Universidade Católica de Angola. O evento ocorre entre os dias 13 e 16 de maio, reunindo juristas, magistrados, acadêmicos e autoridades dos países lusófonos em torno da promoção do Estado de Direito e da cooperação jurídica internacional.

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai implementar novas regras para a contagem de prazos processuais e a utilização de sistemas eletrônicos na Justiça brasileira a partir da próxima sexta-feira (16).

A medida, assinada pelo presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, tem como objetivo principal organizar o uso de dois sistemas importantes na Justiça eletrônica: o Domicílio Judicial Eletrônico e o Diário de Justiça Eletrônico Nacional (DJEN). O CNJ tem competência para regulamentar a comunicação oficial de atos processuais por meio eletrônico e disciplinar a citação eletrônica.

Embora a resolução esteja valendo desde agosto de 2024, os tribunais e conselhos tiveram um tempo para adaptar seus procedimentos e sistemas para as mudanças que começarão a ser sentidas de forma mais ampla a partir desta sexta-feira.

Veja os principais pontos de mudança

As novas regras alteram a Resolução CNJ n. 455/2022, que regulamenta o uso do Domicílio Judicial Eletrônico. Com a Resolução n. 569/2024, o sistema passa a ser usado exclusivamente para citações e comunicações processuais a partes ou terceiros.

Quando a legislação não exigir vista ou intimação pessoal, os prazos processuais serão contados a partir da publicação no DJEN. O novo regulamento também altera o prazo para leitura de citações por pessoas jurídicas de direito público e privado.

 

Contagem de prazos no Domicílio Judicial Eletrônico

  • Citação eletrônica confirmada: Prazo inicia no 5º dia útil após a confirmação.
  • Citação eletrônica não confirmada (pessoa jurídica de direito público): Prazo inicia em 10 dias corridos após o envio.
  • Citação eletrônica não confirmada (pessoa jurídica de direito privado): Citação deve ser refeita, com justificativa para a ausência de confirmação, sob pena de multa.
  • Demais intimações e comunicações: Prazo inicia na data da confirmação (ou no próximo dia útil, se a confirmação ocorrer em dia não útil). Se não confirmada, o prazo inicia em 10 dias corridos após o envio.

Contagem de prazos no DJEN

O prazo processual inicia no primeiro dia útil seguinte à data da publicação, considerada o dia seguinte à disponibilização no sistema.

Domicílio Judicial Eletrônico

É um endereço eletrônico seguro para cada pessoa jurídica, centralizando as comunicações processuais de todos os tribunais. Substitui cartas e oficiais de justiça, sendo 100% digital e gratuito, parte do Programa Justiça 4.0. Destinatários devem acessar a plataforma, visualizar as comunicações e confirmar o recebimento.

Em uma iniciativa de grande relevância para o jornalismo brasileiro, a Engenho Comunicação lançará o projeto O Futuro do Jornalismo no auditório do Superior Tribunal Militar (STM), em Brasília, no dia 15 de maio.

A programação especial, destinada a estudantes de Jornalismo, inclui uma palestra do renomado jornalista Valmir Salaro, que abordará o tema Precisão da Informação e o Impacto no Jornalismo.

Além disso, será exibido o documentário Escola Base: Um Repórter Enfrenta Seu Passado, um retrato do desafio enfrentado pelo jornalista durante um dos casos mais emblemáticos da história da imprensa no Brasil.

O evento, que terá entrada gratuita, faz parte das celebrações dos 20 anos do Prêmio Engenho de Comunicação e visa promover a formação das novas gerações de jornalistas, com foco em uma educação complementar àquela oferecida nos cursos de graduação.

Os estudantes de instituições como a Universidade de Brasília (UnB), o UniCEUB, o Iesb e a Universidade Católica, entre outros, terão a oportunidade de participar de uma programação enriquecedora que busca ampliar seus conhecimentos sobre as práticas jornalísticas e a responsabilidade na informação.

Com coordenação-geral da jornalista Kátia Cubel, presidente do Prêmio Engenho de Comunicação, o projeto conta com o apoio do STM e do Instituto Palavra Aberta, além do patrocínio do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e do Sistema Cofeci-Creci.

As atividades incluem um concurso de redação para os alunos, visitas sob mentoria em veículos de comunicação parceiros como Band, Correio Braziliense, Metrópoles e Record, e um seminário que será realizado em agosto.

A parceria com esses veículos de comunicação proporcionará aos vencedores do concurso uma semana de imersão em suas redações, o que representa uma oportunidade única de aprendizado para os estudantes.

O projeto O Futuro do Jornalismo reafirma o compromisso da Engenho Comunicação com a educação e a profissionalização do jornalismo no Brasil, promovendo um espaço de reflexão sobre o futuro da profissão e sua contribuição para a sociedade.

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O Plano de Saúde da Justiça Militar da União (PLAS/JMU) comunica que o Instituto Odontológico Rocha Ramos (IORR), localizado em Brasília (DF), foi suspenso da sua rede credenciada.

A suspensão ocorreu na última sexta-feira (09). É importante ressaltar que os tratamentos iniciados poderão ser concluídos normalmente, garantindo a continuidade e a segurança do cuidado prestado aos nossos beneficiários. No entanto, novos atendimentos a beneficiários do PLAS não estão autorizados.

A medida foi adotada devido ao descumprimento de cláusulas contratuais previstas no Termo de Credenciamento, bem como das diretrizes do PLAS/JMU que regulam a prestação dos serviços odontológicos.

Destacamos que a suspensão está em conformidade com o termo de credenciamento firmado entre as partes, o qual prevê expressamente essa possibilidade diante do não cumprimento das condições acordadas.

Sabemos que o IORR é uma instituição bastante procurada por nossos usuários e entendemos o impacto dessa mudança. Por isso, o PLAS/JMU permanece à disposição para oferecer suporte e orientar sobre outras opções disponíveis na rede credenciada.

Em caso de dúvidas ou necessidade de encaminhamentos, entre em contato com a nossa Seção de Atendimento pelo telefone (61) 3313-9193.

A ministra Maria Elizabeth Rocha, presidente do Superior Tribunal Militar (STM), visitou na tarde desta quinta-feira (8) a exposição sensorial Impactos Invisíveis, instalada no hall do edifício-sede do Tribunal, em Brasília. A magistrada percorreu todos os ambientes propostos pela mostra e declarou ter saído profundamente sensibilizada com a experiência, reforçando a necessidade de ações concretas de empatia, escuta ativa e respeito nas relações profissionais.

Durante a visita, a ministra enfatizou a relevância do tema tratado pela exposição, que aborda os efeitos subjetivos de práticas como o assédio moral, o preconceito e outras formas de violência silenciosa que muitas vezes passam despercebidas nas instituições. Em um dos momentos mais marcantes, afirmou com firmeza:
“Não aceito, em hipótese alguma, que qualquer servidor deste Tribunal seja assediado — seja moral, seja sexualmente.”

A exposição tem como objetivo principal conscientizar servidores, colaboradores, gestores, chefes, líderes, militares e visitantes sobre os impactos psicológicos que podem surgir em decorrência de relações tóxicas no ambiente corporativo. Por meio de cenários imersivos e experiências sensoriais, a mostra conduz o público por trajetórias emocionais que simulam sentimentos de exclusão, julgamento e violência invisível.

Além do contexto institucional, a mostra também abre espaço para refletir sobre o ciclo do feminicídio. A exposição destaca como esse tipo de crime — que tem como causa o ódio ou desprezo à condição feminina — geralmente começa com atitudes sutis, como desqualificação constante, ofensas verbais e agressões psicológicas no ambiente doméstico. Ao lançar luz sobre essas questões, Impactos Invisíveis busca incentivar a identificação precoce dos sinais e promover uma cultura de prevenção, acolhimento e valorização da dignidade humana.

O ministro Artur Vidigal de Oliveira também esteve presente na visita e elogiou a iniciativa. Ele destacou que ações como essa são essenciais para promover ambientes de trabalho mais saudáveis e livres de discriminação. “É fundamental despertar a consciência coletiva sobre essas violências que, apesar de silenciosas, causam danos profundos às vítimas”, ressaltou o magistrado.

A exposição foi inaugurada na última terça-feira (6) e permanece aberta ao público até esta quarta-feira (14), das 12h às 19h.

A entrada é gratuita, e a visitação ocorre no hall do edifício-sede do STM, localizado no Setor de Autarquias Sul, em Brasília. A experiência foi concebida e executada por profissionais especializados em saúde mental, comportamento organizacional e direitos humanos.

A participação de magistrados, gestores e demais servidores é fortemente incentivada, como forma de aprofundar o debate sobre o respeito mútuo, a ética nas relações institucionais e o combate às diversas formas de violência simbólica no serviço público.

A exposição fez parte das inúmeras e intensas atividades da "Semana Nacional de Combate ao Assédio e à Discriminação do Poder Judiciário". 

 

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Está sendo realizado nesta semana, em Goiânia (GO), 5º Encontro Nacional de Memória do Poder Judiciário (Enam). A abertura do evento ocorreu na terça-feira (6), em cerimônia bastante prestigida, no Plenário do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO).

Representando o Superior Tribunal Militar (STM), o ministro Péricles Aurélio Lima de Queiroz participou da solenidade e integrou o painel “Deu Certo! Boas Práticas de Gestão da Memória”, no qual apresentou a palestra “Descrição dos Processos Históricos do Superior Tribunal Militar”.

Referência nacional na preservação e gestão de documentos históricos, o STM tem se destacado pela sistematização de seus acervos e pelo compromisso com a memória institucional da Justiça Militar da União. A participação do Tribunal no Enam reforça seu protagonismo na difusão de boas práticas arquivísticas e historiográficas no âmbito do Poder Judiciário.

O evento, que segue até sexta-feira (9) em Goiânia, é promovido pelo TJGO, Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) e Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18), com apoio do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1 – Seção Judiciária do Estado de Goiás) e em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Cada um dos tribunais sedia parte da programação, que inclui palestras, painéis temáticos, visitas técnicas e atividades formativas voltadas à capacitação de magistrados, servidores e especialistas em gestão documental e memória institucional.

Instituído pelo CNJ por meio da Resolução nº 316/2020, o Encontro Nacional de Memória do Poder Judiciário é realizado anualmente como parte das comemorações do Dia da Memória do Poder Judiciário, celebrado em 10 de maio. A iniciativa visa fomentar o debate sobre a importância da preservação da história do Judiciário e incentivar o intercâmbio de experiências entre os diversos ramos da Justiça brasileira.

Além do ministro Péricles, estiveram presentes na abertura do evento a juíza assessora da Presidência do TRE-SP, Fernanda Colombini; o diretor-geral do TRE-SP, Claucio Corrêa; a coordenadora de Gestão Documental, Luci Taveira; e os servidores do Centro de Memória Eleitoral (Cemel), José D’Amico Bauab e José Washington da Silva Assis.

Boas Práticas no Judiciário 

O terceiro dia do 5º Encontro Nacional de Memória do Poder Judiciário (5º Enam) teve início na manhã desta quinta-feira (8/5) com o painel “Deu certo! Boas práticas na gestão da memória”. A exposição foi realizada no Auditório dos Goyazes, na sede do TRT-GO, sendo dividida em dois blocos com práticas coletivas e individuais do Poder Judiciário brasileiro.

A mesa foi presidida pelo desembargador eleitoral Rodrigo Brustolin, presidente da Comissão de Gestão da Memória e Cultura do TRE-GO, que deu as boas-vindas aos espectadores e parabenizou os colaboradores do Enam pelo evento que ele descreveu como excepcional.

“O painel hoje pela manhã será de um assunto que considero muito relevante. São as nossas boas práticas que podem ser compartilhadas por outros tribunais se levadas para outros lugares e replicadas, pois já exitosas”, afirmou o coordenador do encontro na abertura do primeiro bloco do painel.

Em sua fala, o mediador do bloco, juiz Carlos Alexandre Böttcher, do TJSP, explicou o processo de seleção das boas práticas que foram apresentadas, apontando a preocupação da organização do evento com a diversidade dos convidados. “Na formação desses painéis, nós pensamos em dar uma representatividade a todos os ramos do Poder Judiciário e também a todas as regiões do país e uma distribuição de gênero”, disse o magistrado.

A primeira prática discutida foi o projeto “Descrição dos processos históricos do Superior Tribunal Militar (STM)”, apresentada pelo ministro Péricles Aurélio Lima de Queiroz, do STM.

Ele abordou as origens e a atuação da Justiça Militar, além de trazer alguns exemplos de sentenças proferidas pelo STM para acontecimentos como a Revolta do Encouraçado de São Paulo, datado de 1924. O ministro destacou ainda a preservação do acervo histórico, explicando que a Justiça Militar já digitalizou cerca de 150 mil processos.

Em seguida, a servidora Ana Paula Vasconcelos, gestora do Núcleo do Centro de Memória do TRE-RN, trouxe a exposição virtual “25 anos de uso da urna eletrônica”. Ana Paula ressaltou que o projeto foi fruto de colaboração entre oito Regionais Eleitorais, que contribuíram com materiais como imagens, vídeos, textos e recortes de jornais. A servidora destacou que a exposição foi lançada em 2021, mas continua sendo atualizada.

As representantes do TJPA, desembargadora Rosi Maria Gomes de Farias e a servidora Leilane Sodré Rabelo, falaram sobre a exposição virtual “150 anos – 7 Tribunais”, que celebra o aniversário do decreto nº 2.342/1873, responsável pela criação dos atuais Tribunais de Justiça de Goiás, São Paulo, Ceará, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará e Rio Grande do Sul.

O decreto buscava aproximar a Justiça brasileira da população para a “comodidade dos povos”. A exposição, lançada em 2023, é composta por imagens, documentos, vídeos e outros registros históricos do acervo desses sete tribunais. O projeto foi vencedor do Prêmio CNJ Memória do Poder Judiciário 2024, na categoria VII – Patrimônio Cultural Museológico.

O podcast “Casos Forenses”, do TJSP, encerrou o primeiro bloco do painel. O programa apresenta ao público histórias de processos e julgamentos que aconteceram no tribunal paulista e repercutiram nacionalmente, além de contar com a participação de especialistas e trazer detalhes sobre os crimes e o passo a passo das investigações. O desembargador Octávio Machado de Barros, presidente da Comissão de Gestão da Memória do TJSP, esclareceu que o podcast é uma forma de preservar a história do TJSP e agradeceu a todos que colaboraram com a realização do projeto.

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O PLAS/JMU acaba de dar mais um passo importante na missão de cuidar da saúde dos seus beneficiários, ampliando a rede de atendimento nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, com o PLANO DE SAÚDE LUMINAR; e no estado da Bahia, com o PLANO FACHESF SAÚDE PREMIUM

Norte e Tocantins

Para ser atendido pela Luminar,  o acesso é bem simples:

  • Baixe o app Luminar Saúde no seu celular por meio das lojas App Store ou Google Play;
  • Faça o login com o CPF (como usuário e senha), e pronto! Você já pode usar o cartão digital e aproveitar a nova rede de atendimento.

Bahia

Os beneficiários, em todo o estado da Bahia, serão atendidos pelo convênio da Fachesf Saúde, pelo Plano Fachesp Saúde Premium. A acomodação do Plano é apartamento com direito a acompanhante e a cobertura é Ambulatorial,  Hospitalar com obstetrícia e Odontologia.

Para utilizar essa nova rede, basta acessar o cartão digital Fachesf seguindo os passos abaixo:

  1. Baixe o aplicativo Fachesf Saúde de acordo com o seu sistema operacional:
  2. Na tela de login, informe seu CPF e data de nascimento.
  3. Em seguida, valide seu acesso com a informação pessoal solicitada pelo app.
  4. Pronto! Agora é só acessar seu cartão digital.

Saiba quais são os hospitais credenciados em Salvador/BA

  • Hospital da Sagrada Família

Rua Plínio de Lima, 1 – Bonfim

(71) 3310-9263 | (71) 3310-9100

  • Hospital HBA

Av. Professor Magalhães Neto, 1541 – Pituba

(71) 2109-1000 | (71) 2109-1089

  • Hospital Cardiopulmonar da Bahia (Esperança)

Av. Anita Garibaldi, 2199 – Ondina

(71) 4020-2322

  • Hospital Prohope

Estrada da Paciência, 2009 – Cajazeiras VIII

(71) 3211-8117 | (71) 3211-8153

  • Hospital São Rafael

Av. São Rafael, 2152 – São Marcos

(71) 3281-6861 | (71) 3281-6911

  • Itaigara Memorial Hospital Dia

Rua Altino Serbeto de Barros, 119 – Itaigara

(71) 3417-5481 | (71) 3111-9779

  • Hospital Português

Av. Princesa Isabel, 914 – Barra Avenida

(71) 3203-5555

  • Hospital Santa Izabel

Praça Conselheiro Almeida Couto, 500 – Nazaré

(71) 2203-8100 | (71) 2203-8444

Para consultar a rede credenciada em outras cidades da Bahia, acesse: https://s008.fachesf.com.br/ConsultaCredenciadosRedeAtendimento/

O Superior Tribunal Militar (STM) decidiu, em sessão plenária realizada na última terça-feira (6), cassar o posto e a patente de uma capitão médica do Exército, lotada na Guarnição de São Paulo. A sessão foi transmitida ao vivo pelo canal da Corte no YouTube, reforçando o princípio da publicidade dos atos judiciais.

Por unanimidade, os ministros julgaram procedente o Conselho de Justificação instaurado contra a oficial, declarando-a “não justificada” e, por consequência, indigna do oficialato, o que implicou na perda de seu posto e patente. O processo teve início em maio de 2023, por determinação do Comandante do Exército, após a condenação criminal. 

A médica foi acusada de utilizar sua posição como perita para beneficiar indevidamente sua mãe, realizando um exame pericial e emitindo parecer médico favorável à concessão de isenção do imposto de renda, em desacordo com laudos técnicos anteriores. A conduta foi considerada fraudulenta, resultando na abertura de um Inquérito Policial Militar.

A oficial foi denunciada pelo Ministério Público Militar pelo crime de estelionato, crime previsto no Código Penal Militar. Na primeira instância da Justiça Militar da União, na 2ª Auditoria da 2ª Circunscrição Judiciária Militar (São Paulo), ela foi condenada a 11 meses e 18 dias de detenção. A condenação foi posteriormente confirmada pelo STM e transitou em julgado.

Diante da gravidade do crime e da natureza dolosa da conduta, o Exército instaurou um Conselho de Justificação, instrumento previsto em lei para avaliar a capacidade moral, ética e funcional de oficiais para permanecerem na ativa. O processo culmina em julgamento pelo STM, conforme determina a legislação castrense.

O relator do caso no STM foi o ministro Carlos Augusto Amaral Oliveira. Durante o julgamento, foram rejeitadas as preliminares apresentadas pela defesa, entre elas a de prescrição e a de nulidade por suposta ausência de representação da Advocacia-Geral da União, esta última suscitada pelo ministro Artur Vidigal de Oliveira.

A defesa alegou que a capitão agiu de acordo com suas convicções médicas e que teria recebido autorização verbal para atuar no caso. Sustentou ainda a ausência de dolo e prejuízo à Administração Militar.

O Ministério Público Militar, representado pelo subprocurador-geral Giovanni Rattacaso, posicionou-se pela procedência do Conselho de Justificação. O entendimento foi acolhido integralmente pelo Plenário.

No voto, o relator concluiu que a oficial violou deveres funcionais e princípios éticos da carreira ao realizar perícia médica em parente direto, contrariando normas legais e regulamentos internos do Exército Brasileiro. Segundo ele, a conduta comprometeu os valores da instituição, justificando a perda do posto e da patente.

Entenda o que é o Conselho de Justificação

O Conselho de Justificação é um processo especial previsto na legislação militar com o objetivo de apurar a capacidade de oficiais das Forças Armadas para permanecerem na ativa. A medida também pode ser aplicada, em determinadas circunstâncias, a oficiais da reserva remunerada ou reformados, quando houver dúvidas sobre sua idoneidade para permanecer na inatividade.

Instituído para garantir a ampla defesa do acusado, o Conselho permite ao oficial justificar sua conduta diante de acusações formais que envolvam sua ética, disciplina ou capacidade funcional.

São passíveis de submissão ao Conselho de Justificação os oficiais acusados de conduta irregular, de atos que afetem a honra pessoal, o pundonor militar ou o decoro da classe, além daqueles considerados inaptos para promoções ou que demonstrem incompatibilidade com o exercício da função militar.

Também estão sujeitos à medida os oficiais condenados por crime doloso com pena privativa de liberdade inferior a dois anos, desde que a sentença tenha transitado em julgado. Outra hipótese prevista é o envolvimento com entidades ou partidos políticos considerados ilegais.

A decisão final do Conselho de Justificação é de competência do Superior Tribunal Militar, que pode declarar o oficial "justificado" — apto a permanecer na carreira — ou "não justificado", o que acarreta a perda do posto e da patente.

CONSELHO DE JUSTIFICAÇÃOCONSELHO DE JUSTIFICAÇÃONº 7000490-70.2024.7.00.0000/SP

A presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministra Maria Elizabeth Rocha, participou, nesta terça-feira (6), de uma palestra no campus Asa Norte do UniCEUB, dentro da programação do Conecta CEUB.

O evento reuniu estudantes de diversos cursos e proporcionou uma reflexão profunda sobre o funcionamento e a importância da Justiça Militar da União (JMU), uma das justiças especializadas do Poder Judiciário brasileiro. Além, claro, de abrir um importante diálogo com as universidades e com os estudantes. 

Durante a exposição, a ministra apresentou um panorama histórico da JMU, destacando sua organização e competência, além de defender o escabinato — sistema que prevê a atuação conjunta de ministros civis e militares no julgamento de processos. Segundo ela, essa composição mista reforça a legitimidade das decisões e assegura a pluralidade de perspectivas.

Um dos pontos mais relevantes da palestra foi a crítica à exclusão da Justiça Militar da União do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), desde a Emenda Constitucional nº 45/2004. A ministra lamentou a ausência de representação da JMU no órgão de controle e planejamento do Judiciário, apontando que isso fragiliza o reconhecimento e a integração institucional da justiça castrense.

A ministra também abordou a questão envolvendo a competência da JMU para julgar civis em tempos de paz. Como exemplo, citou casos de estelionato previdenciário, especialmente fraudes envolvendo pensões por morte de militares. “Não se trata de perseguição a civis, mas da proteção ao erário militar e à própria lógica do sistema de previdência das Forças Armadas”, afirmou.

Outro destaque de sua fala foi a agilidade processual da Justiça Militar, que, segundo ela, serve como modelo para outras instâncias e tem um papel essencial na manutenção da disciplina nas tropas. “Somos uma justiça célere e que cumpre a função de orientar e exemplificar para os militares da ativa”, ressaltou.

Ao tratar da natureza das Forças Armadas, a ministra destacou que a palavra "pátria" aparece apenas uma vez na Constituição Federal, no artigo que atribui às Forças Armadas a missão de defendê-la. “Militares têm o dever de matar ou morrer pela pátria. Isso os insere em uma lógica jurídica completamente distinta da civil, com regras especiais”, explicou.

Ela também abordou a ausência de garantias típicas da magistratura para os juízes militares, como a inamovibilidade, justificando que, em tempos de guerra, esses juízes precisam estar prontos para atuar no teatro de operações, acompanhando os batalhões.

A mesa contou ainda com as participações de duas palestrantes: as advogadas Cátia Mendonça e Ana Paula Tavares.

Mendonça ressaltou a ausência do ensino do direito militar nos cursos de graduação em Direito e destacou o imenso campo de atuação profissional na área, considerando o grande número de militares no Brasil.

Ana Paula Tavares, por sua vez, enfatizou o pioneirismo da ministra Maria Elizabeth Rocha como primeira mulher a integrar e a presidir o STM. Ela também chamou atenção para a importância da perspectiva de gênero nos julgamentos e na construção de um Judiciário mais representativo.

O evento reforçou a relevância da Justiça Militar da União e estimulou o debate sobre sua atuação e os desafios institucionais enfrentados. Para os estudantes presentes, a palestra foi uma oportunidade rara de aproximação com uma esfera pouco discutida, mas de grande importância para a compreensão do sistema judicial brasileiro.

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O Superior Tribunal Militar (STM), por unanimidade, reformou decisão da primeira instância da Justiça Militar da União e condenou um suboficial da Marinha pelo crime de importunação sexual. A vítima foi uma funcionária terceirizada do serviço de limpeza do Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro.

O caso correu em segredo de justiça para preservar a imagem da vítima.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público Militar (MPM), os fatos ocorreram em 25 de agosto de 2022. Naquele dia, a trabalhadora foi designada para atuar no setor de cardiologia do hospital. Ao chegar ao local, ainda pela manhã, foi surpreendida pelo suboficial, que, sob o pretexto de cumprimentá-la, a abraçou e a beijou no canto da boca. O ato foi presenciado por outro funcionário da empresa terceirizada.

Ao longo do expediente, novos episódios foram relatados. O militar teria insistido para que a vítima limpasse janelas altas, mas a tarefa acabou sendo assumida por um colega homem. Já no período da tarde, durante a permanência em uma sala de cirurgia, o suboficial comentou de forma inadequada sobre um piercing na língua da funcionária, deixando-a visivelmente constrangida, segundo testemunhas.

O episódio mais grave, no entanto, ocorreu na sala de eletrocardiograma. A vítima relatou que, ao retornar ao local escuro para repor um saco de lixo, encontrou o suboficial sentado. Ao notar sua presença, ele teria fechado a porta, segurado seus braços e tentado forçar contato físico. A funcionária conseguiu se desvencilhar e deixou a sala em estado de choque, sendo amparada por colegas, que relataram seu nervosismo à supervisão da empresa prestadora de serviços.

A vítima formalizou denúncia na ouvidoria do hospital, registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Atendimento à Mulher e prestou depoimento no Inquérito Policial Militar (IPM). Em todas as ocasiões, apresentou relatos coerentes, com riqueza de detalhes, corroborados por testemunhas que confirmaram sua alteração emocional após os fatos.

Apesar da gravidade das acusações, o Conselho Permanente de Justiça para a Marinha, da 1ª Auditoria da 1ª Circunscrição Judiciária Militar, sediada no Rio de Janeiro, absolveu o suboficial por falta de provas conclusivas, por maioria apertada (3 votos a 2). Inconformado com a decisão, o Ministério Público Militar recorreu ao Superior Tribunal Militar, em Brasília.

O recurso foi julgado nesta terça-feira (29), no plenário da Corte. O relator do caso, ministro Cláudio Portugal de Viveiros, votou pelo provimento parcial do recurso, condenando o réu a um ano de reclusão pelo crime de importunação sexual. Os demais ministros acompanharam o voto do relator, resultando na condenação unânime do suboficial.