Crime ocorreu no bairro de Cambuci (SP)

O STM mudou entendimento da primeira instância da Justiça Militar da União que havia condenado um ex-soldado a quatro anos de reclusão por tentativa de homicídio. O réu deu um golpe de martelo na cabeça de outro militar depois de desavenças dentro do quartel. Os ministros desclassificaram o crime para lesão corporal leve, mas mantiveram a condenação do ex-militar.

A Lei de Organização da Justiça Militar da União será um dos temas discutidos no X Encontro de Magistrados da Justiça Militar da União, acontece entre os dias 19 e 23 de maio, em Salvador. O tema será exposto pelo ministro Artur Vidigal, presidente da Comissão que estuda a reformulação da lei.

“A Correição deve ser o elo entre a primeira e a segunda instância, tornando a distância entre o Tribunal e a primeira instância a menor possível. E também orientar os juízes de primeira instância no que for possível para que haja uma unanimidade nos procedimentos”, afirma.

Na sessão da última quarta-feira (8), alguns temas atinentes às necessidades internas da Justiça Militar da União foram comentados pelos ministros da Corte. A proposta de aumento de servidores, funções e cargos comissionados em toda a JMU, a criação de Sistema Preventivo de Saúde e a proposta de criação de um Sistema de Proteção de Magistrados e Familiares foram abordadas na abertura da sessão extraordinária da última quarta-feira.

O ministro José Barroso Filho destacou a disparidade na disposição de funções comissionadas entre as varas federais e trabalhistas quando comparadas com a realidade da JMU. Segundo o ministro, a eficiência operacional e a motivação dos servidores seriam beneficiadas com a criação de cargos para prover as Diretorias do Foro do Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP) que hoje funcionam com servidores cedidos pelas respectivas Auditorias. O magistrado enfatizou, no entanto, que todas as Auditorias ganhariam em produtividade e motivação com a criação de mais funções e cargos em comissão para toda a JMU.

O ministro Alvaro Luiz Pinto acrescentou que durante a sua presidência, em 2012, foram enviadas ao Conselho Nacional de Justiça propostas de aumento de servidores, funções e cargos em comissão no âmbito da Justiça Militar da União que ainda estão em análise pelo Conselho.

Também foi abordada em Plenário a proposta de normatização de um sistema de saúde de Magistrados e Servidores que incluiria, de acordo com o ministro Barroso, a elaboração de um protocolo de saúde preventiva e a definição de aparato mínimo de equipamentos de saúde para cada unidade da JMU.

Por último, a Lei 12.694/12 sobre a proteção aos magistrados e seus familiares foi citada pelo ministro Barroso que propôs a edição de uma resolução disciplinando o Sistema de Proteção a Magistrados e Familiares que defina o procedimento a ser seguido, caso um magistrado se encontre em situação de risco e o aparato mínimo de segurança para cada unidade da JMU.

O ministro Alvaro aproveitou para citar a Comissão de Segurança da Justiça Militar da União, criada em 2013, para tratar de assuntos relacionados à segurança de magistrados e das instalações da JMU. Segundo o Secretário de Segurança do Superior Tribunal Militar, Fernando Barcellos, recentemente a Secretaria finalizou a elaboração do Plano de Segurança Orgânica para cada Auditoria. O trabalho foi realizado pelos agentes de segurança que visitaram as unidades e fizeram entrevistas com os servidores, análise do itinerário de cada magistrado em seus deslocamentos e levantamento de questões específicas da região de cada Auditoria. Segundo o secretário, com a conclusão deste trabalho, será possível dar encaminhamento ao sistema proposto pelo ministro Barroso.