A proposta do Superior Tribunal Militar (STM) de criar o Guia Ético-Equitativo para Contratos e Licitações no setor público está conquistando a adesão de importantes setores do governo federal.
A ideia foi apresentada nesta segunda-feira (28/07) a dirigentes executivos e equipe técnica da Controladoria-Geral da União (CGU) pela juíza auxiliar da Presidência do STM Amini Haddad, coordenadora do Observatório Pró-Equidade da Justiça Militar da União (JMU).
“A união de esforços é fundamental para o planejamento e implementação de políticas públicas antidiscriminatórias”, afirmou a secretária executiva da CGU, Eveline Brito, ao destacar a importância da proposta da ministra-presidente do STM, Maria Elizabeth Rocha. Também participaram da reunião com a juíza a ouvidora Valdirene Medeiros e os executivos Marcelo Goulart, Fábio Félix e Vívian Dias, que vão representar a CGU na comissão para a elaboração do Guia Ético-Equitativo.
O processo de criação do Guia será efetivado a partir dos debates da primeira audiência pública com a temática “Contratos e Licitações na Perspectiva da Equidade”, que será realizada no próximo dia 18, no auditório do STM, pelo Observatório Pró-Equidade da JMU. Será criada, então, uma Comissão Nacional com representantes da sociedade civil e dos setores públicos e privados para a elaboração do Guia.
Com a mesma receptividade da CGU, a juíza Amini Haddad foi recebida por dirigentes de diferentes órgãos do Executivo Federal, como o Banco Central, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – responsáveis por volumosas contratações e licitações públicas –, entre outros. No Banco do Brasil, Amini esteve com a vice-presidente Corporativo, Ana Cristina Rosa Garcia, com a Diretora Jurídica, Lucinéia Possar, e suas equipes.
A juíza explicou que o propósito da Justiça mais antiga do Brasil é não apenas atuar internamente, com uma gestão pró-equidade, mas também contribuir socialmente, no âmbito nacional, com essa inovação. A equipe do Banco do Brasil louvou a proposta do STM, se dispôs a contribuir com a Comissão Nacional para a criação de um Guia Ético Equitativo voltado para estatais e paraestatais, e ainda se comprometeu em ampliar a sua política equitativa interna.
O Guia terá como função orientar e disseminar práticas antidiscriminatórias, além de exercer o papel de controlador e fiscalizador dos dispositivos da Lei 14.133, que obrigam a observância de políticas de inclusão e equidade nos contratos e licitações de todos os setores da administração pública.
A juíza Amini Haddad, que trabalha junto com seus assessores na organização da audiência pública, destaca que a ação constitui uma contribuição às políticas de Estado voltadas à execução dos compromissos assumidos pelo Brasil no âmbito das Nações Unidas (Direitos Humanos). E atende, especialmente, resoluções do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com planos e metas sobre equidade e inclusão no Poder Judiciário.
Nas últimas semanas, a proposta da Justiça Militar vem angariando apoios de instituições e entidades do setor público, incluindo universidades, da iniciativa privada e de organizações representativas da sociedade civil, que marcarão presença na audiência pública do dia 18 de agosto.
Veja abaixo a lista de inscritos para participação oral na Audiência Pública.
Instituições/Pessoas inscritas para participação oral na Audiência Pública do Observatório Pró-Equidade da JMU |
|
1. Conselho Nacional de Justiça (CNJ) |
Min. Mauro Campbell Marques (Corregedor Nacional de Justiça) |
2. Conselho Nacional de Justiça (CNJ) |
Conselheiro Guilherme Feliciano |
3. ABDI- Agência Brasileira de Inovação Industrial (pela viabilidade institucional da Inteligência Artificial pela Equidade) |
Presidente Ricardo Capelli |
4. Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (por seu representante) |
|
5. Universidade de Brasília (UnB) |
Reitora Rozana Reigota Naves |
6. ABRACS/Associação Brasileira do Cidadão Sênior (Representação dos idosos) |
|
7. Kátia Roncada (Juíza Federal TRF3) |
|
8. Luísa Bandeira Coelho (pesquisadora doutoranda em serviço social na Södertörn University, Suécia) |
|
9. Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa – Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania |
Secretário Nacional Sr. Alexandre da Silva ou representante. |
10. Thiago Freitas Paes – (Representante do Movimento pelos Direitos das Pessoas com Deficiência - PCD) |
|
11. Alice Bianchini - ABMCJ Nacional |
|
12. Associação Elas Pedem Vista |
Bianca Maria Gonçalves e Silva |
13. Coalizão Nacional de Mulheres (CNM) – Movimento de Mulheres |
Adriana Cecílio - Diretora Nacional da Coalizão Nacional de Mulheres |
14. Luiza Brunet (Movimento de mulheres) |
|
15. Martha Medeiros (Movimento pela Qualificação e Independência das Mulheres) |
|
16. Patrícia Maeda (Juíza do trabalho – Movimento de Mulheres no Poder Judiciário) |
|
17. Procuradora de Justiça/GO - Dra. Ivana Farina (Movimento de mulheres) |
|
18. Susi Castro Magri (Movimento de mulheres) |
|
19. Virada Feminina (Movimento de Mulheres pela Equidade) |
Marta Medeiros |
20. Aliança Nacional (LGBTQIA+) |
Mateus Cesar Costa |
21. Associação Nacional de Travestis e Transexuais – ANTRA (pela inclusão - LGBTQIA+) |
Bruna Benevides |
22. Casa Nem (LGBTQIA+) |
Indianarae Pereira Siqueira |
23. Coordenação LGBT MDH (LGBTQIA+) |
|
24. Grupo Gay da Bahia – (LGBTQIA+) |
|
25. Mães pela diversidade (LGBTQIA+) |
|
26. Associação Maylê Sara Kalí (Quilombolas) |
Elisa Costa - Presidente |
27. Casa Akotirene (Movimento pela representação das Mulheres negras) |
|
28. CONAQ (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas) |
José Maximino e Thaís Rodrigues |
29. Luísa Marubo – REIVAJA (Comunidades indígenas) |
|
30. Rosa Pitaguary (Comunidades indígenas) |
|
31. Socorro Arara - (Comunidades indígenas) |
|
32. Instituto Migrações e Direitos Humanos (Refugiados) |
|
33. Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente -MDH |
|
34. Catarina Orbage de Britto Taquary Berino e Eneida Orbage de Britto Taquary |
Professoras da Faculdade de Direito Mackezie Brasília |
35. Faculdade de Direito da UnB Centro de Estudos em Desigualdade e Discriminação/CEDD/UnB |
Professora Janaína Penalva (Membro da Coordenação do Centro de Estudos em Desigualdade e Discriminação/CEDD/UnB. Coordenadora do Programa "Antes de Aconteça - " Acesso à justiça e prevenção à violência contra a mulher", Brasil). |
36. Insight Data Lab da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Prof. Dr. José Antonio Fernandes de Macêdo Prof.ª. M.ª Sílvia Rebeca Sabóia Quezado |
37. Sindserviços (pelos direitos dos funcionários terceirizados) |