A ministra Maria Elizabeth Rocha, presidente do Superior Tribunal Militar (STM), visitou na tarde desta quinta-feira (8) a exposição sensorial Impactos Invisíveis, instalada no hall do edifício-sede do Tribunal, em Brasília. A magistrada percorreu todos os ambientes propostos pela mostra e declarou ter saído profundamente sensibilizada com a experiência, reforçando a necessidade de ações concretas de empatia, escuta ativa e respeito nas relações profissionais.
Durante a visita, a ministra enfatizou a relevância do tema tratado pela exposição, que aborda os efeitos subjetivos de práticas como o assédio moral, o preconceito e outras formas de violência silenciosa que muitas vezes passam despercebidas nas instituições. Em um dos momentos mais marcantes, afirmou com firmeza:
“Não aceito, em hipótese alguma, que qualquer servidor deste Tribunal seja assediado — seja moral, seja sexualmente.”
A exposição tem como objetivo principal conscientizar servidores, colaboradores, gestores, chefes, líderes, militares e visitantes sobre os impactos psicológicos que podem surgir em decorrência de relações tóxicas no ambiente corporativo. Por meio de cenários imersivos e experiências sensoriais, a mostra conduz o público por trajetórias emocionais que simulam sentimentos de exclusão, julgamento e violência invisível.
Além do contexto institucional, a mostra também abre espaço para refletir sobre o ciclo do feminicídio. A exposição destaca como esse tipo de crime — que tem como causa o ódio ou desprezo à condição feminina — geralmente começa com atitudes sutis, como desqualificação constante, ofensas verbais e agressões psicológicas no ambiente doméstico. Ao lançar luz sobre essas questões, Impactos Invisíveis busca incentivar a identificação precoce dos sinais e promover uma cultura de prevenção, acolhimento e valorização da dignidade humana.
O ministro Artur Vidigal de Oliveira também esteve presente na visita e elogiou a iniciativa. Ele destacou que ações como essa são essenciais para promover ambientes de trabalho mais saudáveis e livres de discriminação. “É fundamental despertar a consciência coletiva sobre essas violências que, apesar de silenciosas, causam danos profundos às vítimas”, ressaltou o magistrado.
A exposição foi inaugurada na última terça-feira (6) e permanece aberta ao público até esta quarta-feira (14), das 12h às 19h.
A entrada é gratuita, e a visitação ocorre no hall do edifício-sede do STM, localizado no Setor de Autarquias Sul, em Brasília. A experiência foi concebida e executada por profissionais especializados em saúde mental, comportamento organizacional e direitos humanos.
A participação de magistrados, gestores e demais servidores é fortemente incentivada, como forma de aprofundar o debate sobre o respeito mútuo, a ética nas relações institucionais e o combate às diversas formas de violência simbólica no serviço público.
A exposição fez parte das inúmeras e intensas atividades da "Semana Nacional de Combate ao Assédio e à Discriminação do Poder Judiciário".