Nesta quarta-feira (27), o presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministro Luis Carlos Gomes Mattos, despediu-se da Corte e do serviço ativo das Forças Armadas, em virtude de sua aposentadoria, ao completar 75 anos. Foram 58 anos de dedicação ao Exército Brasileiro e ao País.

A cerimônia de despedida ocorreu no Plenário do STM, na presença de representantes do Ministério Público Militar (MPM), da Defensoria Pública da União (DPU), do Poder Executivo, da Marinha e do Exército. Também participaram da solenidade ministros do STM, juízes federais da Justiça Militar da União e servidores.

No início da solenidade, o ministro Marco Antônio de Farias, do Exército, fez um discurso em homenagem ao ministro Mattos. Ele citou trechos da canção “Eterno Herói”, também conhecida como “Canção do Paraquedista”. Farias falou, ainda, sobre a importância de se compreender o movimento da vida, como o início o término dos ciclos e ressaltou qualidades que marcaram a carreira do general Mattos, como sobriedade, moderação, prudência e coerência.

A ministra Elizabeth falou que o ministro Mattos, como paraquedista, daria o salto mais árduo da sua carreira ao deixar a função de militar da ativa. Lembrou, no entanto, que essa nova fase seria coroada de êxito. Após o seu discurso, a ministra entregou ao homenageado dois presentes: o livro "10 Anos de Atuação na Justiça Militar" - sobre o trabalho do ministro junto ao STM - e um retrato do magistrado registrado numa pintura a óleo.

“Em tudo que fiz na minha vida, coloquei o coração, um dos órgãos mais importantes do corpo, mas que devemos colocar em tudo que fazemos”, afirmou o ministro Mattos, em seu discurso, ressaltando que as palavras “gratidão” e “coração” têm um profundo significado para ele. Em seguida expressou a sua gratidão a Deus ao relembrar os principais momentos de sua vida pessoal e profissional.

“Neste momento final é quase impossível dizer tudo que penso, pois a emoção de deixar a farda é muito grande, mas sou muito feliz por ter cumprido minha missão da melhor maneira, sabendo que deixo pedaços do coração por onde passei, mas também levando a certeza de que guardo em meu peito pedaços de outros corações.”

Biografia

O general Mattos ingressou no Exército no ano de 1964, pelos portões da Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Concluiu o curso de oficial, da Arma de Infantaria, na Academia Militar das Agulhas Negras, em 1969. Tinha início uma carreira profícua e exitosa.

A vida de oficial teve início no 1º Regimento Escola de Infantaria (REI), onde foi promovido a segundo-tenente, em agosto de 1970. Transferiu-se logo depois para a Brigada de Infantaria Paraquedista, ainda na cidade do Rio de Janeiro, onde manteria um longo vínculo profissional e afetivo. Além das organizações militares já citadas, teve registrado o seu trabalho nas seguintes organizações militares: 26° Batalhão de Infantaria Paraquedista, Centro de Instrução Paraquedista General Penha Brasil, 20° Batalhão de Infantaria Blindado, Escola de Aperfeiçoamento de Oficias e Escola de Comando e Estado-Maior, em ambas, como aluno e instrutor, 10ª Brigada de Infantaria Motorizada, Centro de Inteligência do Exército. Comandou o 20º Batalhão de Infantaria Blindado e desempenhou a função de adido militar na Embaixada do Brasil no Chile.

O general Mattos buscou o seu aperfeiçoamento e, além dos cursos de aperfeiçoamento e de estado-maior, realizou diversos outros voltados à linha operacional e combatente, tendo concluído com aproveitamento os cursos básico paraquedista, comandos, mestre de salto, forças especiais, precursor paraquedista e os estágios de transporte aéreo, básico e avançado de salto livre, mergulhador autônomo e operações subaquáticas e de adaptação e operações na caatinga. A conclusão, com aproveitamento, dos cursos citados, o transformou em referência, de sua geração, no Exército Brasileiro. Como coronel realizou o curso de altos estudos de política e estratégia aeroespacial.

A ascensão ao generalato, em 1999, trouxe novos desafios e como oficial general desempenhou as funções de comandante da 6ª Brigada de Infantaria Blindada e da Brigada de Infantaria Paraquedista, foi 3ª Subchefe e Vice Chefe do Estado-Maior do Exército, Chefe do Departamento de Ciência e tecnologia e Comandante Militar da Amazônia.

Ao longo de sua carreira foi agraciado com mais de 30 medalhas e comendas, nacionais e estrangeiras.

Ministro do STM

Em outubro de 2011, foi nomeado pela Presidente da República ministro do Superior Tribunal Militar, passando a ocupar uma das quatro vagas destinadas ao Exército Brasileiro. Em 17 de março de 2021, tomou posse como presidente da Corte.

Ao longo de todo o período de magistratura, relatou e participou de vários julgamentos importantes da Corte. Destaque para a relatoria no caso do incêndio da base brasileira da Antártica e participação no julgamento das ações penais sobre o acidente com o voo Gol 1907, que  ocasionou a morte de 154 pessoas, e o caso que ficou conhecido como “apagão aéreo”.

Como ministro e presidente do STM participou de diversas atividades em organizações militares, nas Auditorias Militares, em conferências, simpósios, eventos realizados pelo Conselho Nacional de Justiça. Integrou no STM, as comissões de Direito Penal Militar e de jurisprudência.

Representou a Justiça Militar da União em importantes eventos internacionais, com destaque para o Encontro Bilateral entre a Auditoria General do Exército do Chile e o STM, em Santiago, no Chile; o III Congresso Internacional – Direito na Lusofonia, em Braga, Portugal; e o Encontro Internacional de Justiça Penal Militar e Policial, realizado na cidade de Cartagena, na Colômbia.

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Ministro recebe a comenda do Comandante da Aeronáutica

O ministro do Superior Tribunal Militar (STM) Cleonilson Nicácio Silva foi condecorado pelo Comando da Aeronáutica com a Medalha Militar de Platina, com passador de Platina, por ter completado 50 anos de relevantes serviços ao país.

A solenidade ocorreu no gabinete do Comandante da Aeronáutica, em Brasília, e contou com a presença do presidente do STM, ministro William de Oliveira Barros, que já possui a comenda, e do ministro do STM Joseli Parente Camelo. Ambos foram paraninfos da solenidade militar.

A comenda foi entregue pelo Comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Nivaldo Luiz Rossato.

Outros 14 oficiais da Aeronáutica também foram condecorados com a Medalha Militar de Ouro com passador de Platina, por terem completado 40 anos de serviço.

Medalha Criada em 1901

A Medalha Militar foi criada em 15 de novembro de 1901 e traduz o reconhecimento a oficiais e praças da ativa pelo mérito e lealdade com que prestaram serviço à pátria.

A Medalha Militar de Platina com Passador de Platina e de Ouro com Passador de Platina é outorgada àqueles que, com competência e honradez, trabalharam em prol dos objetivos e interesses maiores da instituição, e traduz o reconhecimento da força à devoção, ao trabalho, à excelência na qualidade e à lealdade no trato das lides institucionais.

Formada pela estrela maçanetada com dístico central orlada por dois ramos, um de fumo e outro de café, todos do emblema de armas da república, a medalha militar assenta-se sobre uma fita de gorgorão de seda, composta de três listras verticais, de igual largura, nas cores nacionais. No corpo da fita, há um passador com estrelas, as quais representam cada década de serviço prestado.

Veja fotos da solenidade

O ministro aposentado do STM Olympio Pereira da Silva Junior lança, nesta quinta-feira (9), o livro “Eu, o destino e meus amigos”, pela Editora Autografia. O evento acontece no Salão Nobre do Superior Tribunal Militar, às 19h.

Na obra, o ministro conta os 41 anos a serviço da Justiça Militar da União. O autor também apresenta amigos que estiveram presentes em sua história de vida, letras de músicas que escreveu e relembra momentos inesquecíveis passados no tênis, na motocicleta e junto ao Botafogo, que ele considera suas paixões.

“Descrevo ainda o que o destino preparou para mim, ao longo da minha carreira e dos meus 67 anos. Espero que o leitor goste e se divirta, pois essa é a ideia”, escreveu o magistrado.

O lançamento será aberto pelo ministro-presidente do STM, José Coêlho Ferreira, seguido das palavras do autor do livro e sessão de autógrafos.

Biografia

Olympio Pereira da Silva Junior, que foi decano do STM, se aposentou em 2015, após mais de vinte anos como ministro da Corte. Foi nomeado para o cargo pelo então presidente da República Itamar Franco, em outubro de 1994, e tomou posse em 18 de novembro do mesmo ano.

Ocupou a presidência do Tribunal entre maio de 2001 e março de 2003. Oito anos depois, foi eleito vice-presidente, para o biênio 2011/2013.

Em duas décadas de dedicação ao STM e à Justiça Militar, o ministro Olympio Pereira participou de inúmeras comissões, dentre elas, a Comissão Especial para o Projeto de Emenda Constitucional de Reforma do Poder Judiciário, em 1998; a Comissão Examinadora do Concurso para o cargo de Juiz-Auditor Substituto da Justiça Militar da União, 2006; e coordenou o Grupo de Trabalho para elaborar emendas ao Projeto de Lei nº 236/2012, que tratou da reforma do Código Penal.

Carioca, nascido em 04 de janeiro de 1951, formou-se em Direito pela Faculdade de Direito Cândido Mendes em 1975.

Em 1976, ingressou na carreira do Ministério Público Militar e foi designado pelo presidente da República Ernesto Geisel para assumir a Procuradoria junto à Auditoria da 4ª CJM, em Juiz de Fora (MG).

Em 29 de março de 1993, foi nomeado pelo Presidente da República para exercer o cargo em comissão de Procurador Regional da Advocacia-Geral da União – 2ª Região, RJ/ES e, no seguinte, tomou posse como ministro do STM.  

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Os ministros do Superior Tribunal Militar (STM), por unanimidade, aprovaram a indicação do ministro Odilson Sampaio Benzi para ocupar o cargo de Ouvidor da Justiça Militar da União (JMU) para o período de dois anos, permitida a recondução.

A eleição ocorreu durante sessão administrativa virtual, no dia 29 de abril, com a participação de todos os ministros da Corte.

Em suas palavras, o ministro Odilson Sampaio Benzi agradeceu ao ministro-presidente pelo convite, ao Plenário pela confiança nele depositada e elogiou o trabalho desenvolvido pelo seu antecessor, o ministro Artur Vidigal de Oliveira. Ele afirmou ter certeza do grande desafio que será enfrentado para manutenção da Ouvidoria da JMU no patamar de excelência alcançado na gestão marcante do ministro Vidigal.

Balanço da gestão

Na ocasião, o ministro Artur Vidigal fez um resumo de sua gestão. Disse que, no momento em que se despede da Ouvidoria da Justiça Militar da União, após quatro anos no exercício da missão, o atendimento às informações solicitadas pelos diversos públicos sempre foi célere, com a média de 50% do prazo máximo exigido pela Lei de Acesso à Informação, graças às respostas rápidas de todas as unidades do STM e da JMU.

O magistrado afirmou, também, que o órgão produziu, em 2018, uma cartilha denominada “Acesso à Informação – Direito de Todos”, na qual se orientou magistrados, gestores e servidores da Justiça Militar da União sobre como entender e cumprir a Lei de Acesso à Informação e que foi criada uma pesquisa de satisfação com o intuito de aferir a qualidade do atendimento da Ouvidoria, de forma a possibilitar o aperfeiçoamento constante do serviço prestado.

Em julho de 2019 foi lançado o primeiro aplicativo de ouvidoria dos tribunais superiores do Brasil, o “Ouvidoria STM”, que facilitou a comunicação com o cidadão e proporcionou à sociedade um instrumento ágil, prático e acessível de comunicação com a JMU, fortalecendo os mecanismos de controle externo. O aplicativo foi objeto de solicitação de uso, depois de devidamente customizado, por outras ouvidorias da Justiça brasileira.

“Promovemos, também, encontros virtuais com todas as Auditorias da Justiça Militar. Os encontros permitiram ao ouvidor e sua equipe esclarecer magistrados e servidores da Justiça Militar acerca dos meios disponíveis e das medidas necessárias ao cumprimento da Lei de Acesso à Informação. Por outro lado, esses encontros possibilitaram ouvir esses mesmos magistrados e servidores da primeira instância sobre suas dúvidas, insatisfações e demandas junto ao STM”, disse.

Vidigal disse também que recentemente foram ampliadas as possibilidades de comunicação do público com a Ouvidoria da JMU por meio do Whatsapp para o atendimento. A atualização de processos internos da Ouvidoria, a modificação e aperfeiçoamento dos Relatórios Semestrais, a redução no tempo de resposta às demandas dos públicos interno e externo e a participação dos servidores no envio de sugestões para a melhoria da gestão foram outras iniciativas adotadas.

“Tive o privilégio de participar dos Encontros do Colégio de Ouvidores Judiciais, do qual honrosamente ocupei a Vice-Presidência. Esses encontros, inicialmente presenciais e, após, virtuais, proporcionaram excelente troca de experiências e conhecimentos com aqueles que lidam diariamente na Justiça brasileira com as questões afetas à ouvidoria”.

 

Diário Oficial publicou hoje a aposentadoria do ministro Olympio

Foi publicada no Diário Oficial dessa quarta-feira (22) a aposentadoria do decano da Corte, o ministro Olympio Pereira da Silva Junior, após mais de vinte anos atuando junto ao Superior Tribunal Militar. 

O magistrado deixa o STM aos 64 anos para cuidar da saúde.

Nascido em 04 de janeiro de 1951, na cidade do Rio de Janeiro, o ministro foi nomeado ministro do STM em 1994, pelo então Presidente da República Itamar Franco. 

Ele ocupava uma das vagas destinadas aos membros do Ministério Público Militar (MPM).

Olympio Pereira da Silva Junior formou-se em Direito pela Faculdade de Direito Cândido Mendes em 1975. Em 1976, ingressou na carreira do Ministério Público Militar e foi designado pelo presidente da República Ernesto Geisel para assumir a Procuradoria junto à Auditoria da 4ª CJM, em Juiz de Fora (MG).

Permaneceu no cargo até 1979, quando então foi transferido para o Rio de Janeiro, exercendo sua atividade junto à 3ª Auditoria do Exército. Também trabalhou como Procurador junto às Auditorias de Manaus e Santa Maria (RS).

Professor da Faculdade de Direito Cândido Mendes, na cadeira de Prática Forense dos anos de 1976 a 1980. Professor da Academia de Polícia no Estado do Rio de Janeiro, na cadeira de Processo Penal de 1978 a 1981.

Em 29 de março de 1993, foi nomeado pelo Presidente da República para exercer o cargo em comissão de Procurador Regional da Advocacia-Geral da União – 2ª Região, RJ/ES e, em 18 de novembro de 1994, tomou posse como Ministro do Superior Tribunal Militar.

Atividades no STM

Em 29 de maio de 2001, foi eleito presidente da Corte para completar o mandato a se encerrar em 19 de março de 2003. Em 17 de fevereiro de 2011 foi eleito vice-presidente para o biênio 2011/2013.

Entre as ideias defendidas pelo então decano da Corte, está a ampliação da competência da Justiça Militar da União para julgar matérias relacionadas à vida administrativa dos militares das Forças Armadas, hoje a cargo da Justiça Federal. 

Em 2013, o ministro publicou artigo em que ressaltava o conhecimento técnico e a afinidade dos juízes da JMU para julgar tais demandas: 

"Há muitos anos venho me batendo pelo aumento da competência da Justiça Militar da União. Já falei em congressos e apresentei propostas em diversos fóruns, tentando demonstrar que a nossa Justiça Militar da União está preparada para enfrentar outros caminhos do direito que interferem e influenciam a relação entre o militar e sua administração.

"Por força constitucional, somos uma Justiça Criminal operando com dois diplomas legais: o Código Penal Militar e o Código de Processo Penal Militar. Evidentemente que os conhecimentos da magistratura, do Ministério Público e a da Defensoria Pública, que atuam nessa Justiça especializada, não estão restritos, apenas, à matéria criminal.

Aqueles que operam na Justiça Militar da União estão, de muito, preparados e prontos para atuar em qualquer conflito que surja entre o Estado (administração militar) e o cidadão (militar)."

Recentemente atuou como membro da Comissão de Concurso para o cargo de juiz-auditor substituto da Justiça Militar da União, em fase de conclusão neste ano.  

Ministro Olympio é o autor do Hino da Justiça Militar, aprovado em Plenário na 2ª Sessão Administrativa de 10 de março de 2004.

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