O Superior Tribunal Militar (STM) manteve a condenação de um ex-soldado, recruta do Exército, a três anos de reclusão, acusado de arrombar  um armário, dentro do quartel, furtar as chaves de uma motocicleta e fugir com o veículo. O militar confessou que pegou a motocicleta, que pertencia a outro recruta, para passear com a namorada e depois não a devolveu.

O caso ocorreu dentro do 3º Batalhão de Engenharia de Construção (3º BEC), sediado em Picos (PI), no dia 29 de julho de 2019. O militar foi excluído da Força, a bem da disciplina, mas permaneceu a responder a ação penal na Justiça Militar da União (JMU), por ser, na época do crime, militar da ativa.

Segundo a denúncia do Ministério Público Militar (MPM), o réu foi visto mexendo em um armário que não lhe pertencia, dentro do alojamento da Companhia de Comando e Apoio do 3º BEC. No dia seguinte, a vítima,  ao sair de serviço, percebeu que seu armário estava arrombado, não tendo encontrado as chaves de sua motocicleta. Logo após, ao procurar o veículo, percebeu que não se encontrava no local onde estava estacionada, fora das dependências do Batalhão, o que lhe motivou a registrar um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia.

Ao retornar ao quartel, a vítima foi informada pelas testemunhas terem visto o acusado “bolindo” em seu armário e inclusive ajudaram a fechá-lo, mas que não sabia de quem era. Aberto um Inquérito Policial Militar (IPM),  em depoimento, o acusado afirmou ter pego a motocicleta, tendo, para isso, arrombado o armário, forçando na alça de abertura.

Disse também que o veículo tinha sido guardado na casa da namorada. Em depoimento, a moça  afirmou que saiu para jantar com o réu naquele mesmo dia e que ele estava com a motocicleta honda, de cor vermelha, tendo-lhe pedido para guardá-la em sua casa. “Falou que no dia seguinte, até o meio dia, a pegaria de volta. Mas não apareceu. Aí fui na casa da mãe dele devolver. Os policiais militares já estavam lá”, disse ela no IPM.  Na primeira instância da JMU, na Auditoria Militar de Fortaleza, o ex-recruta foi condenado pelo crime de furto qualificado.

No Superior Tribunal Militar, em sede de apelação, a defesa do acusado pediu sua absolvição, informando que não havia um conjunto probatório suficiente que justificasse a condenação do rapaz.

“Nenhuma prova isenta foi trazida aos autos. O direito penal militar não admite tamanha fragilidade probatória, de modo que o decreto absolutório é medida que se impõe, nos termos do art. 439, alínea "e", do Código de Processo Penal Militar. Subsidiariamente, pelo princípio da eventualidade,  peço que haja a desclassificação para furto simples,  uma vez que não restou claro se o armário de fato sofreu violações por parte do acusado, ou seja, foi arrombado por ele, conforme se narrou na peça acusatória. Não há outra alternativa se não o afastamento da qualificadora do inciso art. 240, § 6º, inciso, I, CPM, por violação cristalina ao art. 341, do CPPM.”, fundamentou o advogado da Defensoria Pública da União.

Mas a ministra Maria Elizabeth Rocha manteve a condenação na forma da sentença do primeiro grau. Para a magistrada, a testemunha, policial militar, afirmou ter tomado conhecimento do furto da motocicleta pelo sistema de comunicação da corporação e que foi na casa da mãe do réu, tendo ela afirmado que a motocicleta, avaliada em mais de R$ 9 mil, estaria na casa da namorada  do acusado.

“O próprio apelante, ouvido apenas em sede de IPM porque revel, asseverou ter aberto o armário do ofendido, sem o seu consentimento, e ter pego a chave de sua moto, utilizando-a para furtá-la, levando-a inicialmente para sua casa e depois para a casa da namorada. Não há dúvidas, portanto, quanto à autoria delitiva. Com relação à alegação de que o laudo pericial do armário está incompleto porque em nenhum momento foi especificado que instrumentos ou objetos teriam sido utilizados e, à época, que as alterações estruturais foram de fato concretizadas, melhor sorte não lhe assiste, uma vez que no documento concluiu-se estar evidente que há indícios de violação do armário, os quais podem ser constatados nos registros fotográficos”. Os ministros acataram o voto por unanimidade.

APELAÇÃO Nº 7000580-83.2021.7.00.0000

O Superior Tribunal  Militar (STM) conquistou a categoria Diamante no Prêmio CNJ de Qualidade 2021. O anúncio aconteceu em cerimônia na manhã desta sexta-feira (3), durante o 15º Encontro Nacional do Poder Judiciário, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de forma virtual.

O prêmio, concedido nas categorias Prata, Ouro e Diamante, além do Troféu Excelência, reconhece as boas práticas dos órgãos do Judiciário em quatro eixos temáticos: governança, produtividade, transparência e dados e tecnologia. A premiação estimula os tribunais a buscarem excelência na gestão e no planejamento de atividades, com aumento da eficiência da prestação de serviços.O STM alcançou 78,1% da pontuação.

O presidente da Corte, ministro Luis Carlos Gomes Mattos, disse em discurso durante a solenidade que “esse prêmio representa o esforço dos nossos magistrados e servidores para que a nossa justiça esteja cada vez mais alinhada às boas práticas de gestão e de planejamento, sempre em busca de aprimorar a prestação jurisdicional”.

Ainda segundo o magistrado, “a conquista deve-se, principalmente ao alinhamento da estratégia da Justiça Militar da União com a estratégia nacional do Poder Judiciário. Projetos que integram o Programa Justiça 4.0 foram incluídos nas prioridades 2021 e se tornaram essenciais para os resultados obtidos”.  

“Agradeço a todos que contribuíram para o alcance desse reconhecimento e ao Conselho Nacional de Justiça por impulsionar o Judiciário brasileiro a promover uma melhor gestão administrativa e judiciária”, concluiu o presidente do STM.

Segundo a assessora de gestão estratégica do Superior Tribunal Militar (STM), Raissa Fernandes Marinho, o alinhamento da estratégia da Justiça Militar da União com a estratégia Nacional do Poder Judiciário foi fundamental.

 “Nós conseguimos casar as estratégias. Uma delas foi o projeto de desenvolvimento sustentável, no qual conseguimos o primeiro lugar na premiação que mede o índice de desempenho sustentável entre os 91 tribunais do país”, disse Raíssa Marinho.

Entre as ações, parte delas já implantadas ou iniciadas na JMU, estão  o “Juízo 100% Digital”; “Balcão Virtual”; “Plataforma Digital do Poder Judiciário (PDPJ)”, com possibilidade de ampliar o grau de automação do processo judicial eletrônico e o uso de Inteligência Artificial (IA); além do aprimoramento dos registros processuais primários, consolidação, implantação, tutoria, treinamento, higienização e publicização da Base de Dados Processuais do Poder Judiciário (DataJud).

O Prêmio CNJ de Qualidade

O Prêmio CNJ de Qualidade foi criado em 2019, em substituição ao antigo Selo Justiça em Números, implementado desde 2013. Os critérios foram aperfeiçoados e vários itens foram incluídos, especialmente os relacionados à produtividade e melhoria da qualidade de prestação jurisdicional. Um dos aspectos ressaltados na avaliação foi a produtividade e o tempo que os tribunais levam para julgar os processos relativos aos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher e o feminicídio.

Todos os tribunais participam do Prêmio CNJ de Qualidade, incluindo os tribunais superiores, os 27 Tribunais de Justiça (TJs), os cinco Tribunais Regionais Federais (TRFs), os 24 Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs), os 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e os três Tribunais de Justiça Militar (TJMs) dos estados.

Os critérios de avaliação dos tribunais foram aperfeiçoados e adequados à realidade do país. Para cada um dos requisitos, é atribuído um valor de pontuação, com itens diferenciados por segmento de Justiça. Os tribunais que alcançarem melhor colocação entre aqueles do mesmo ramo serão reconhecidos pelo Prêmio CNJ de Qualidade nas categorias “Diamante”, “Ouro” e “Prata”.

A pedido dos tribunais, foi incluída uma fase prévia de recursos para apresentação de retorno da avaliação e dos encaminhamentos de comprovação de práticas. A fase de correção dos documentos comprobatórios é de três dias (para contestação) não significando, no entanto, maior tempo para complementação nem retificação de envio de documentos.

O CNJ também remodelou os requisitos para a comprovação das ações, que ficaram mais simplificados e menos formais uma vez que serão avaliados com a utilização do DataJud para conferência e validação dos dados.

Veja aqui o resultado completo da premiação do CNJ.

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Para debater o futuro da Justiça brasileira, os tribunais de todo o país estão reunidos, nestas quinta (2) e sexta-feira (3/12), no 15º Encontro Nacional do Poder Judiciário, quando presidentes dos 91 órgãos vão aprovar as metas nacionais e as metas específicas dos segmentos de Justiça para o ano de 2022.

O Encontro Nacional também é marcado pela entrega do “Prêmio CNJ de Qualidade” para os órgãos que se destacaram em diferentes dimensões.

O evento, realizado anualmente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), reúne as administrações de todos os tribunais, principalmente as pessoas integrantes da Rede de Governança Colaborativa do Poder Judiciário, responsáveis pela área de Gestão Estratégica e da área de estatística.

O presidente do CNJ, ministro Luiz Fux, fez a Conferência Magna do encontro, que foi transmitida pelo canal do CNJ no YouTube. Na sequência, foi apresentado um panorama com os resultados alcançados pelos Tribunais Superiores em 2021. O período da tarde foi reservado para reuniões setoriais das Corregedorias e dos segmentos de Justiça.

Percentual de cumprimento de 145% de julgados na JMU

O presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministro Luis Carlos Gomes Mattos, discursou representando a Justiça Militar da União. Em suas palavras, o magistrado disse que há mais de dois séculos esta justiça especializada tem o dever de zelar pelos princípios da hierarquia e disciplina, pilares jurídicos tutelados pelo Direito Penal Militar.

Ainda de acordo com o ministro, negligenciar esses princípios pode comprometer o desempenho das Forças Armadas em sua missão constitucional de defender a pátria, colocando em risco o Estado e a própria nação brasileira. “Nesse sentido, é essencial que a importância da nossa justiça seja amplamente disseminada aos integrantes do judiciário brasileiro e àqueles que com ele se relacionam”, disse.

Aos representantes do Poder Judiciário de todo o país, o presidente do STM afirmou que em 2021, até o mês de outubro, a JMU cumpriu a “Meta Nacional 01”, de julgar mais processos em relação aos distribuídos no ano, dando destaque para a 1ª instância, que obteve um percentual de cumprimento de 145%, superando consideravelmente o número de processos julgados em relação aos distribuídos.  Também já foram cumpridas integralmente pelo STM a “Meta Nacional 02”, que prioriza o julgamento de processos mais antigos, e a “Meta Nacional 04”, que prioriza o julgamento de processos relacionados à improbidade administrativa e a crimes contra a administração pública.

Para o aprimoramento da prestação jurisdicional, o ministro Luis Carlos Gomes Mattos disse que a presidência da Corte tem buscado alinhar o Planejamento Estratégico da JMU à Estratégia Nacional do Poder Judiciário.

Em agosto, foi formalizada, por meio da assinatura de um acordo de cooperação com o CNJ, a conjugação de esforços para o desenvolvimento e uso colaborativo dos produtos, projetos e serviços do Programa Justiça 4.0.

Entre os projetos do programa, ele destacou o DATAJUD, que irá conferir maior transparência das informações além de aperfeiçoar a capacidade de pesquisas no âmbito jurisdicional.  Também foi implantado o Balcão Virtual, que permite o contato imediato com as Auditorias Militares de forma remota, tornando o atendimento mais ágil e desburocratizado.  A JMU, em busca do desenvolvimento colaborativo com os demais Tribunais, aderiu à Plataforma Digital do Poder Judiciário por meio de um novo acordo de cooperação.

O ministro disse também que, em consequência,  foi implantado na JMU o SEEU, sistema eletrônico de execução unificado, que centraliza e uniformiza a gestão de processos de execução penal em todo o país, o que propicia um trâmite processual mais eficiente e uma gestão confiável dos dados da população carcerária.

“Utilizando-se da base de dados do SEEU, foi desenvolvido pelo STM, em parceria com o CNJ, o sistema denominado “Consulta Criminal Nacional”, que permite a verificação dos antecedentes criminais do réu de forma mais célere. A ferramenta também impactará nas medidas de combate à corrupção, devido à identificação de ativos oriundos de práticas ilícitas, bem como na fixação da pena em todas as esferas de aplicação do direito penal. Com a implementação desses projetos, a Justiça Militar da União, integrada aos demais tribunais, busca acompanhar a evolução tecnológica necessária ao desenvolvimento dos serviços jurisdicionais de forma consistente e estruturada”, finalizou.

Nesta sexta-feira (3), as atividades se iniciam às 10h com a entrega do Prêmio CNJ de Qualidade e painel sobre o Programa Justiça 4.0. Logo depois, ocorrerá reunião plenária com o anúncio da Metas Nacionais do Poder Judiciário para 2022.

Com informações da Agência CNJ de Notícias

dois

A juíza federal Vera Lúcia da Silva Conceição, diretora do Foro da 2ª Auditoria Militar, sediado em São Paulo (SP), realizou a entrega do Medalhão em comemoração aos 100 anos da 1ª Instância da Justiça Militar da União (JMU).

O evento ocorreu na sede do Comando Geral da Polícia Militar, na manhã da última  terça-feira (30), oportunidade em que foram homenageados militares da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Foram agraciados com a comenda o Coronel PM Fernando Alencar Medeiros, Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, e o Tenente-Coronel PM José Augusto Coutinho, Comandante da Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar - ROTA.

O presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministro Luis Carlos Gomes Mattos, foi agraciado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) com a comenda da instituição, no grau grã-cruz.

A cerimônia de outorga da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho (OMJT) ocorreu nesta quarta-feira (1). Desde 1970, a comenda é concedida às instituições e às personalidades que se destacam no exercício de suas profissões ou pelos serviços prestados à sociedade e à Justiça do Trabalho.

Para a presidente do TST, ministra Maria Cristina Peduzzi, foi uma alegria ter conseguido realizar a cerimônia presencial este ano. “Todos os agraciados estão aqui no TST e foram escolhidos porque desenvolvem, em suas especialidades, trabalhos muito relevantes para o Brasil. O prêmio é uma homenagem ao trabalho”, enfatizou.

O vice-presidente do Tribunal, ministro Vieira de Mello Filho, reforçou que todas as medidas sanitárias, como o uso de máscaras e o distanciamento entre as autoridades, foram tomadas para a realização da cerimônia este ano. “Este evento marca o retorno à vida e à justiça presencial, que é o que a sociedade espera de nós”, destacou.

Premiação

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luiz Fux, recebeu a comenda no grau Grão-Colar, em promoção. “Para mim é uma grande honra receber essa medalha do Tribunal Superior do Trabalho, um Tribunal que preza pela excelência e pela eficiência na prestação jurisdicional ao trabalhador brasileiro”, afirmou. 

Além do presidente do STM, com o grau grã-cruz, foram agraciados o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins; o procurador-geral da República, Augusto Aras; o advogado-geral da União, Bruno Bianco Leal, e o ministro do STF Nunes Marques. Os ministros de estado Anderson Torres (Ministério da Justiça e da Segurança Pública), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Tereza Cristina (Ministério da Agricultura) e Damares Alves (Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos) também receberam a comenda. 

A medalha no grau Grande Oficial foi entregue ao presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, e à primeira-dama da República Federativa do Brasil, Michelle Bolsonaro.

Instituição

A Sociedade Beneficente de Senhoras - Hospital Sírio Libanês - foi a instituição escolhida este ano para ser homenageada. Representando a entidade, o médico Rafael Gadia destacou que a instituição, que é filantrópica, está completando 100 anos de existência no Brasil em 2021.

Para o médico cardiologista e diretor clínico do Incor/SP, Roberto Kalil Filho, que também foi homenageado, foi uma verdadeira honra poder representar os trabalhadores da saúde, depois de tempos tão difíceis. “Temos vivido dois anos de muita luta, uma verdadeira guerra contra a covid-19, para salvar vidas. Estou muito feliz de receber essa homenagem e aqui lembrar toda a classe de profissionais de saúde”, pontuou.

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