Trezes novos juízes-auditores da Justiça Militar da União (JMU) tiveram uma semana bastante intensa durante o curso de formação para fins de vitaliciamento na carreira.

A capacitação ocorreu entre os dias 22 e 26 de junho e foi promovida pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados da Justiça Militar da União (Enajum).

Os magistrados conheceram duas das mais importantes unidades do Exército Brasileiro - 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (1º RCG), em Brasília, e o Comando de Operações Especiais, em Goiânia -, onde participaram de atividades cotidianas dos militares e sentiram na pele as peculiaridades da profissão militar.

A intenção foi levar aos juízes, que são civis bacharéis e concursados, as dificuldades, as competências, habilidades e atitudes da atividade militar, informações que devem ser levadas em consideração durante os julgamentos de crimes militares.

Em Brasília, no 1º RCG, os juízes foram recepcionados com uma solenidade militar, composta e conduzida pelos Dragões da Independência.

Depois, através de uma palestra, conheceram as principais atividades desenvolvidas pelo 1º RCG, como guarnecer as instalações da Presidência da República; realizar o cerimonial militar representativo na Capital do Brasil e participar de missões de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), em operações de Defesa Interna e nas Ações de Defesa Territorial.

Em seguida, todos os juízes participaram de uma aula prática de equitação.

Após a atividade, o grupo deslocou-se para Goiânia, sede da mais operacional unidade do Exército, o Comando de Operações Especiais.

Comando de Operações Especiais

Na capital goiana, os juízes foram recebido com uma atividade cultural, promovida pela Orquestra Filarmônica de Goiás.

Durante o curso, os magistrados vivenciaram uma experiência única no “túnel do vento”, que simula salto livre de paraquedas, na pista de ação e reação com Simunition, e na instrução preparatória para o tiro e a prática de tiro.

Ainda no Comando de Operações Especiais, o curso contou com a colaboração dos juízes federais, Ana Cristina e Vladimir Vitovsky, formadores da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), que coordenaram atividades de formação relativas à liderança e relações interpessoais na magistratura, do Procurador da Justiça do Estado de Minas Gerais, Rogério Greco, que ministrou palestra acerca do direito penal do inimigo e o terrorismo, e do Coronel Robert, Comandante do Batalhão de Operações Psicológicas, que abordou o tema “Operações psicológicas como instrumento de proteção às populações civis nos conflitos atuais”.

O objetivo da ENAJUM com essas atividades práticas, mescladas a atividades jurídicas é que os juízes tenham conhecimento teórico aliado a situações específicas que só ocorrem em operações militares.

O próximo curso de formação para fins de vitaliciamento está previsto para acontecer entre os dias de 18 a 22 de setembro, no Rio de Janeiro.

Veja as fotos das atividades desenvolvidas pelos magistrados 

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No último dia 5 de julho, a Auditoria de São Paulo, a primeira instância da Justiça Militar da União naquele estado, promoveu "Festa Julina da Auditoria".

A confraternização contou com a participação de todos os servidores, militares, estagiários, terceirizados e magistrados integrantes do Juízo. 

Além das comidas típicas, o Arraiá teve como ponto alto a "fogueira do bem": mais de cem cobertores foram recolhidos para serem entregues, à noite, aos moradores de rua na cidade de São Paulo.

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No dia último dia 7 de julho, a Auditoria da 4ª CJM, sediada em Juiz de Fora (MG), realizou, sob a orientação do juiz-auditor substituto André Lázaro Ferreira Augusto, a simulação de duas sessões de julgamento, com universitários integrantes do grupo de estudos de Direito Penal e Processual Penal Militar da Universidade Federal de Juiz de Fora.

A atividade teve por objetivo aproximar os acadêmicos de Direito à rotina dessa Justiça especializada.

Ao final das sessões simuladas, os estudantes demonstraram entusiasmo com os institutos e os trâmites da Justiça Militar da União e o desejo de, no futuro, integrarem seus quadros, como servidores e magistrados.

Entrega de Medalhas

Também no último dia 29 de junho, outro evento ganhou espaço na Auditoria de Juiz de Fora: a comemoração dos 209 anos de criação da Justiça Militar da União e os 97 anos de instalação desta Justiça na cidade de Juiz de Fora.

Durante a cerimônia, foram entregues as medalhas da Ordem do Mérito Judiciário Militar (OMJM) ao procurador do Ministério Público Militar Ulysses da Silva Costa Filho e à diretora de Secretaria Vilma da Silva Braga. ]

Ulysses Costa Filho fez também a entrega de outra medalha à diretora de Secretaria da Auditoria de Juiz de Fora: a da Ordem do Mérito do Ministério Público Militar.

Todos os interessados em saber mais sobre a legislação da Justiça Militar da União (JMU) podem acessar o material no portal do Superior Tribunal Militar (STM).

O STM disponibiliza para download a Lei de Organização Judiciária Militar, Regimento Interno e Súmulas, Código de Ética da Justiça Militar da União, Código de Processo Penal Militar e o Código Penal Militar. Há também outros materiais disponíveis.

Toda a legislação está reunida e disponível no portal do STM pelo endereço www.stm.jus.br. Para chegar lá, basta fazer um clique na aba Informação > Legislação.

Dúvidas ou sugestões podem ser enviadas para a Seção Legislação, através do telefone 3313-9199 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Concurso

Com a previsão de publicação de edital para o concurso, no segundo semestre deste ano, esse material disponível no portal pode fazer a diferença para quem quer uma vaga na Justiça Militar da União.

O concurso, ainda em fase de preparação, oferecerá cargos de analistas e técnicos judiciários para o Superior Tribunal Militar, sediado em Brasília; e para as Auditorias, que são a primeira instância desta Justiça e estão sediadas em todo o país.

Inicialmente, há 23 cargos vagos a serem destinados ao concurso, mas até a publicação do edital o quantitativo de cargos vagos pode sofrer alterações em virtude das aposentadorias.

O salário inicial do STM e da primeira instância da JMU é regido pela Lei 11.416/2006, que dispõe sobre as carreiras dos servidores do Poder Judiciário da União: analista judiciário - oficial de Justiça: R$ 11.822,80/ analista judiciário: R$ 10.119,93 / técnico judiciário: R$ 6.167,99.

As vagas serão para provimento imediato e para cadastro reserva. 

Mais informações sobre o concurso serão publicadas, oportunamente, no portal do STM.

O Superior Tribunal Militar (STM) por unanimidade condenou um ex-segundo tenente e três ex-sargentos do Exército Brasileiro por maus tratos, durante um exercício militar realizado no 2º Batalhão Logístico Leve, em Campinas (SP). O crime está previsto no artigo 213 do Código Penal Militar (CPM).

O Ministério Público Militar (MPM)  apelou ao STM, após os réus serem absolvidos pelo Conselho Especial de Justiça para o Exército da 1ª Auditoria da 2ª CJM, em São Paulo, por insuficiência de provas.

De acordo com a denúncia, os envolvidos praticaram uma série de maus tratos a dezesseis alunos, todos sargentos, recém-chegados à unidade militar. A prática conhecida como “trote” tinha o pretexto de iniciá-los na vida militar, com a imposição de atividades físicas excessivas e inadequadas, bem como na utilização de práticas não previstas nos regulamentos castrenses.

No recurso, o órgão acusador salientou trecho da sentença na qual se reconhece a humilhação pública, o excesso e o abuso por parte dos apelados, pelo que “esperava-se o reconhecimento do crime praticado, e não singela transgressão disciplinar”. 

O MPM sustentou a existência do trote sobre os alunos, com rastejo no chão do banheiro, prática do quadrado maldito, pau de fogo em saboneteira e técnicas de afogamento com baldes de água fria, pelo que “o cenário todo assemelhava-se a uma prática ilícita de tortura”.

Asseverou terem os alunos sido trancados no banheiro onde previamente havia sido aspergido gás de pimenta, com portas e janelas cerradas, gerando mal estar, sensação de sufocamento e irritação nos olhos, tendo os fatos sido confirmados em Juízo.

A defesa  alegou, entre outras coisas, a “atipicidade formal” do fato, salientando não ter a conduta dos réus exposto a perigo a vida ou a saúde dos instruendos. Já com relação ao instrutor, a Defensoria Pública da União (DPU) requereu a ausência do dolo a fim de expor a perigo a vida ou a saúde das vítimas, e, subsidiariamente, alegou a ausência de fundamento fático para a condenação. 

A relatora do processo Ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha observou que a partir do que foi exposto, os réus expuseram a perigo concreto a saúde das vítimas que estavam sob suas responsabilidades, para fins de instrução.

O primeiro denunciado e ex-segundo tenente do Exército designado para desempenhar a função de instrutor chefe do exercício denominado Estágio Básico de Sargento Temporário (EBST) foi condenado à pena definitiva de 1 ano e 4 meses de detenção, com benefício do sursis (suspensão condicional da pena) pelo prazo de dois anos, com direito de recorrer em liberdade.

Os demais denunciados, três sargentos que auxiliavam o instrutor na realização do exercício, foram condenados à pena de 5 meses e 10 dias de detenção. Por unanimidade, o Tribunal declarou a extinção da punibilidade dos ex-sargentos com fundamento no art. 123, inciso IV, c/c o art. 125, inciso VII, e 133, todos do CPM – prescrição da pretensão punitiva.

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