Dados iniciais da Auditoria de Correição indicam que a deserção (artigo 187 do Código Penal Militar), o envolvimento com drogas (artigo 290), o furto simples (Artigo 240) e o estelionato (artigo 251) são os delitos de maior incidência na JMU.

O Centro de Estudos Judiciários (CEJUM) da Justiça Militar da União criou um grupo de pesquisa para estudar os crimes militares de maior incidência na Justiça Militar da União (JMU). Dados iniciais da Auditoria de Correição indicam que a deserção (artigo 187 do Código Penal Militar), o envolvimento com drogas (artigo 290), o furto simples (Artigo 240) e o estelionato (artigo 251) são os delitos de maior incidência na JMU. Em 2012, juntos, esses tipos penais atingiram cerca de 58% de todos os crimes julgados nas Auditorias Militares.

Denominada de Pesquisa Institucional sobre Condutas Criminosas de Maior Incidência para JMU (PCCRIM), o Projeto foi iniciado em maio deste ano e está sob coordenação do ministro José Coêlho Ferreira, que convidou o ministro Fernando Sérgio Galvão para a coordenação técnica-executiva da pesquisa. Quatro militares das três Forças Armadas, com especialização em estatística, integram a equipe técnica do Projeto.

O trabalho está dividido em três fases: análises dos dados do SAM (Sistema de Acompanhamento Processual) e da Auditoria de Correição; planejamento tabular e elaboração do quadro de variáveis da coleta de dados, em processos existentes nas Auditorias; e planejamento tabular e elaboração de variáveis de informações das Forças Armadas. Algumas ações referentes às três fases de execução estão sendo realizadas de forma simultânea.

Objetivo

De acordo com o ministro Fernando Sérgio Galvão, o objetivo principal é proporcionar maior conhecimento sobre os fenômenos que envolvem os crimes de maior incidência, para posterior colaboração com os magistrados e disponibilização de subsídios para os julgamentos. Para o ministro, a pesquisa também permitirá ao STM adotar medidas no sentido de colaborar com as Forças Armadas na melhor compreensão dessas condutas delituosas.

“O PCCRIM pretende abordar os tipos penais correlacionando-os com as particularidades do perfil dos envolvidos, as principais alegações comumente apresentadas, o período do serviço militar em que mais ocorreram, os tipos de quartéis e regiões geográficas onde os crimes foram cometidos, entre outros aspectos significativos sobre aqueles delitos”, afirma o magistrado.
Ao final, a sistemática adotada vai proporcionar uma base estatística, no âmbito da JMU, para futuros estudos na área de criminologia.

Visitas às Auditorias

Atualmente, os pesquisadores estão mapeando dados do SAM e integrantes da equipe técnica da pesquisa também estão visitando diversas Auditorias, com a finalidade de apresentar a PCCRIM, abordando a sistemática e os objetivos dos trabalhos.
Seis Auditorias já foram visitadas: Brasília, Campo Grande, São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Juiz de Fora. Nas visitas é destacada a importância da colaboração dos servidores, principalmente durante a segunda fase da pesquisa, quando serão reunidos subsídios daqueles que trabalham diretamente nos processos. Os resultados do estudo estão previstos para serem apresentados em setembro do ano de 2014.

 

 

O CEJUM está realizando trabalhos relativos a uma pesquisa referente ao conhecimento com maior profundidade sobre os fenômenos relacionados aos crimes de maior incidência na JMU.

A “Pesquisa sobre Condutas Criminosas de maior incidência para a Justiça Militar” (PCCRIM) é de competência do CEJUM, cujo Coordenador Geral – Ministro Dr José Coêlho Ferreira - convidou o Ministro Gen Ex Fernando Sérgio Galvão para a coordenação técnica-executiva dos trabalhos, que contará com uma equipe responsável, integrada por 04 (quatro) oficiais das Forças Armadas, todos graduados e com especialização na área de estatística.


A PCCRIM está dividida em três fases de atividades. A equipe da pesquisa técnica contará com o apoio da 1ª instância e dos Comandos das Forças, que colaborarão na formulação de subsídios sobre o estabelecimento de variáves e de planos tabulares para cada tipo penal estudado e, ainda, na coleta de dados complementares àqueles existentes no Sistema de Acompanhamento de Processos da Justiça Militar (SAM) e disponíveis na Auditoria de Correição.


O Projeto de Pesquisa que orienta o desenvolvimento dos trabalhos está disponível na intranet do Tribunal, cujas atividades atuais estão relacionadas a estudos, planejamentos e sensibilização relativas à 2ª fase da pesquisa, ou seja, junto às auditorias, tudo conforme cronograma da PCCRIM.

 

 

O CEJUM está realizando trabalhos para conhecer com maior profundidade os aspectos relacionados aos crimes de maior incidência na JMU, os quais, segundo dados da Auditoria de Correição são: Deserção (art. 187/188/189 do CPM); envolvimento com drogas (ar. 290 do CPM); Furto Simples (art. 240 do CPM); e Estelionato (art. 251 do CPM). Esses tipos penais respondem por mais de 50% dos crimes cometidos no âmbito da Justiça Militar, como se denota da Tabela nº 1.

Tabela nº 1 – Percentual dos Crimes de Interesse por ano, segundo o tipo penal.

Crimes

Q 2008
(%)

Q2009
(%)

Q2010
(%)

Q2011
(%)

Q2012 (%)

Arts. 187/188/189 (Deserção)

29,16%

30,71%

32,45%

33,51%

33,60%

Art. 290 (Tráfico, posse ou uso de entorpecente ou substância de efeito similar)

6,21%

4,95%

8,44%

7,56%

11,03%

Art. 240 (Furto simples)

6,21%

5,65%

7,76%

4,25%

7,48%

Art. 251 (Estelionato)

9,66%

11,59%

10,29%

9,03%

6,13%

Percentual Total (referente ao ano)

51,24%

52,90%

58,94%

54,35%

58,24%

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados fornecidos pela Auditoria de Correição, mediante o Ofício nº 308/13, de 25 de junho de 2013.


A “Pesquisa sobre Condutas Criminosas de maior incidência para a Justiça Militar” (PCCRIM) pretende abordar os tipos penais correlacionando-os com as particularidades do perfil dos envolvidos, as principais alegações comumente apresentadas, o período do serviço militar em que mais ocorreram, os tipos de OM e regiões geográficas onde os crimes foram cometidos, entre outros aspectos significativos sobre aqueles delitos.

Além de proporcionar maior conhecimento sobre os fenômenos que envolvem os crimes de maior incidência, a pesquisa é importante também por: colaborar com os magistrados, disponibilizando mais subsídios para os julgamentos de crimes de maiores percentuais de incidência; permitir ao STM adotar medidas no sentido de colaborar com as Forças Armadas na melhor compreensão dessas condutas delituosas; e proporcionar uma base estatística, no âmbito da JMU, para futuros estudos na área de criminologia.

A PCCRIM está sendo conduzida pelo CEJUM, cujo Coor G é o ministro Dr José Coêlho Ferreira, que convidou o Ministro Gen Ex Fernando Sérgio Galvão para a coordenação técnica-executiva da pesquisa. Para sua consecução, o CEJUM solicitou o apoio de pessoal técnico das Forças Armadas, as quais, se sensibilizando com os propósitos do empreendimento, cederam oficiais graduados e com especialização na área de estatística para a realização dos trabalhos.

A PCCRIM está dividida em três fases. A primeira consiste em uma análise de dados quantitativos a partir dos dados existentes no Sistema de Acompanhamento de Processos da Justiça Militar (SAM). O estudo se dará sobre os processos autuados a partir de 2002.
Na segunda fase, será realizada uma “pesquisa de campo” por amostragem junto às auditorias militares, com o objetivo de coletar dados existentes nos processos findos relativos aos quatro tipos penais de maior incidência, a fim de complementar as informações da 1ª fase.

A terceira e última fase da PCCRIM consistirá em uma segunda “pesquisa de campo”, agora junto a comandos de alguns órgãos das Forças Armadas, a fim de coletar informações, só que desta vez, sobre possíveis diretrizes e atuações de cada uma das Forças sobre o assunto. Atualmente, a equipe da PCCRIM encontra-se realizando atividades de estudos, de planejamentos e de sensibilização relativas à 2ª fase. O Projeto de Pesquisa que orienta o desenvolvimento dos trabalhos está disponível na intranet do Tribunal. Entre outras informações relevantes do Projeto, destaca-se o cronograma da pesquisa.

 

 

Fazendo parte das atividades da 2ª fase da PCCRIM, integrantes da equipe técnica da pesquisa estão realizando visitas às auditorias, a fim de apresentar a pesquisa aos magistrados e servidores de 1ª instância e de sensibilizá-los para o apoio necessário ao êxito dos trabalhos.


Além de complementar o conhecimento dos técnicos em estatística sobre o funcionamento dos juízos, a interação com aqueles que manuseiam os processos favorecerá o aperfeiçoamento na formulação das variáveis e dos planos tabulares de cada tipo penal em análise, permitindo melhores cruzamentos de informações com dados oriundos de outras fontes, como o SAM, Auditoria de Correição e das próprias Forças Armadas.


A equipe técnica já teve a oportunidade de visitar as Auditorias da 11ª, 9ª, 2ª e 5ª CJMs, nesta sequência, obtendo-se valiosas informações para o aperfeiçoamento e compreensão dos pesquisadores acerca dos tipos penais em foco, o que vem assegurando significativas melhorias no estabelecimento do quadro das variáveis e na concepção dos planos tabulares, aspectos essenciais para a consecução dos objetivos propostos e finalidade previstos no Projeto da PCCRIM.