Brasília, 22 de maio de 2013 – Durante palestra no Seminário Sul e Norte-Americano de Direito Constitucional e Militar, promovido pelo Superior Tribunal Militar e Ministério Público Militar esta semana em Brasília, o senador Pedro Taques falou sobre a PEC 37 que discute o poder de investigação do Ministério Público.

O senador fez um panorama de como esse poder é exercido em outros países e afirmou que apenas países que não sofrem com o nível de corrupção que se encontra no Brasil pode dispensar o poder de investigação do Ministério Público. "A instituição busca a superação da impunidade em um estado corrupto. Os índices de corrupção são alarmantes. Se rouba muito e se pune pouco no Brasil", afirmou o senador.

Durante o seminário internacional, Pedro Taques explicou aos participantes estrangeiros que a PEC 37 foi apresentada ao Congresso Nacional para alterar o artigo 144 da Constituição Federal que daria explicitamente à Polícia Federal a exclusividade na investigação de crimes contra a União. O senador, e procurador da República, defendeu a sua posição contrária à PEC explicando que a Constituição Federal não concede exclusividade de atuação a nenhum dos poderes da Federação.

O senador defendeu o princípio da universalização da investigação no país. Pedro Taques destacou que as Comissões Parlamentares de Investigação, as CPIs, no Legislativo, têm o poder de investigação. E também lembrou que, de acordo com a Lei Orgânica da Magistratura Nacional, o Poder Judiciário pode investigar, como aconteceu no processo do mensalão que foi investigado por um ministro do Supremo Tribunal Federal. Já no Executivo, as agências fazendárias também exercem o poder de conduzir investigações.

"A Constituição Federal não diz expressamente que o Ministério Público pode investigar, mas ela também não fala expressamente do princípio do duplo grau de jurisdição, por exemplo". Para o senador, se a Constituição Federal determina que o Ministério Público tem a titularidade da ação penal pública, não é razoável pensar que a carta magna não daria os meios necessários para o exercício desta função. "Temos que fazer a cooperação e a universalização. O Ministério Público não deseja presidir a investigação criminal, mas ele também não pode ficar de fora dela", concluiu o senador.

Ao responder uma pergunta da plateia, Pedro Taques foi enfático: "O debate deveria ser outro, deveríamos discutir como a investigação é conduzida no país como um todo, a sua efetividade e a sua eficiência. Quantos boletins de ocorrência se tornam inquéritos policias, quantos chegam à autoria? Temos que discutir o tipo de investigação e não quem investiga no país".

Destaques do último dia do Seminário

No último dia do Seminário, as consequências da anulação de um processo judicial foram discutidas pelo doutor e professor Eugênio Pacelli. Em seguida, o palestrante peruano José Felix Palomino Manchego explicou como funciona o poder de fiscalização do Ministério Público Militar no Peru. O Direito Penal chileno entrou em pauta no Seminário durante a palestra do doutor José Luis Guzmán Dalbora.

Para finalizar o Seminário, o procurador aposentado José Carlos Couto falou sobre a investigação dos crimes militares e o general chileno Waldo Martínez Cáceres terminou apresentando aos participantes a Justiça Militar no Chile.


Notícias
  • Expediente

    1ª Auditoria 11ª CJM

    Juíza Federal da Justiça Militar
    FLÁVIA XIMENES AGUIAR DE SOUSA

    Juiz Federal Substituto da Justiça Militar
    CRISTIANO ALENCAR PAIM

    Horário de funcionamento
    12h às 19h

    Endereço
    Setor de Autarquias Sul, Quadra 03, Lote 3A, Asa Sul, Brasília/DF.

    Telefones
    (61) 3433-7649, (61) 3433-7610, (61) 3433-7603, (61) 3433-7615



    2ª Auditoria da 11ª CJM
    Juiz Federal da Justiça Militar
    FREDERICO MAGNO DE MELO VERAS

    Juiz Federal Substituto da Justiça Militar
    ALEXANDRE AUGUSTO QUINTAS

    Horário de funcionamento
    12h às 19h

    Endereço
    Setor de Autarquias Sul, Quadra 03, Lote 3A, Asa Sul, Brasília/DF.

    Telefones
    (61) 3433-7630, (61) 3433-7631, (61) 3433-7659, (61) 3433-7624

     

    Diretoria do Foro da 11ª CJM 

    Endereço
    Setor de Autarquias Sul, Quadra 03, Lote 3A, Asa Sul, Brasília/DF.

    Distribuição
    (61) 3433-7665

    Protocolo-Geral:
    (61) 3433-7635

    Telefax Protocolo-Geral:
    (61) 3433-7619