Após mais de um ano sem cobrança de coparticipação — medida adotada como estratégia para atrair novos beneficiários —, o Plano de Saúde da Justiça Militar da União (PLAS/JMU) voltará a cobrar o valor a partir de 1º de junho de 2025.
A decisão foi tomada nesta segunda-feira (28), durante reunião extraordinária do Conselho Deliberativo do PLAS/JMU.
A retomada da coparticipação será limitada a consultas e exames, com percentual de 20% sobre os valores estabelecidos na tabela do plano. Cirurgias e internações permanecerão isentos de coparticipação. Como exemplo, em uma consulta médica cujo valor tabelado seja de R$ 130,00, o beneficiário pagará R$ 26,00 a título de coparticipação.
Segundo o Conselho, a medida tem também caráter educativo, estimulando o uso consciente dos serviços de saúde.
Outra deliberação importante foi a inclusão dos hospitais Sírio-Libanês e DF Star, ambos em Brasília, na categoria de estabelecimentos de alto custo. Hospitais de mesmo porte, como o Sírio-Libanês de São Paulo, já eram classificados dessa forma. Assim, beneficiários que desejarem atendimento nessas unidades precisarão migrar para o Plano Superior do PLAS/JMU.
Além disso, para manter o equilíbrio financeiro e orçamentário do PLAS/JMU, o Conselho aprovou um reajuste de 5% nas mensalidades, também com início em 1º de junho. A medida busca evitar que as mensalidades fiquem excessivamente defasadas frente à inflação médica, que registrou alta de aproximadamente 14,4% em 2024.
Com o reajuste, por exemplo, um técnico judiciário de 23 anos, que atualmente paga R$ 132,38 de mensalidade, passará a contribuir com R$ 138,99. Já um analista judiciário de 48 anos, que paga hoje R$ 395,58, terá a mensalidade reajustada para R$ 415,35.
O PLAS/JMU mantém uma situação financeira estável. A expectativa é que, até maio, as reservas do plano alcancem R$ 100 milhões. Esses recursos, aplicados em investimentos, geram rendimentos de aproximadamente R$ 8 milhões por ano, valores utilizados para ajudar no custeio das despesas médicas dos beneficiários.
Manter a saúde financeira de um plano de saúde é essencial para garantir a qualidade e a continuidade dos serviços oferecidos. A gestão responsável dos recursos, com ações planejadas e ajustes periódicos, é o que assegura a sustentabilidade do sistema no longo prazo. Pensar no futuro, preservar reservas e acompanhar a evolução dos custos médicos são práticas fundamentais para proteger os beneficiários, evitando surpresas e assegurando atendimento digno e eficiente em todas as fases da vida.